Centeno garante que acordo com Bruxelas se mantém porque Macedo cumpre requisitos

O ministro das Finanças evitou falar sobre assuntos domésticos fora do País, mas acabou por dizer que não "há nenhuma razão para duvidar desse acordo de princípio que foi assinado pela Comissão Europeia".

Foto
Mário Centeno esteve na reunião de ministros das Finanças da zona Euro Daniel Rocha

O ministro das Finanças disse hoje, em Bruxelas, que não há “nenhuma razão” para se questionar o acordo com a Comissão Europeia sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), até porque o novo presidente executivo “cumpre os requisitos”.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião de ministros das Finanças da zona euro, Mário Centeno referiu por diversas vezes que a questão da CGD, que “é um assunto doméstico”, não foi abordada na reunião de hoje, escusando-se por isso a fazer muitos comentários, mas garantiu que o processo de recapitalização deverá prosseguir como previsto, apesar da mudança da administração do banco, concretizada na passada sexta-feira, com Paulo Macedo a substituir António Domingues na presidência.

“Não temos nenhuma razão para duvidar desse acordo de princípio que foi assinado pela Comissão Europeia. É evidente que temos todos que estar comprometidos com esse processo. Ele é muito importante e foi um enorme sucesso para a economia portuguesa”, começou por referir o ministro, para de seguida acrescentar que a mudança de administração não deve de forma alguma colocar em causa o processo.

Segundo Centeno, “é evidente que o profissionalismo da administração da Caixa vai manter-se, foi essa a base principal do acordo feito com a Comissão Europeia, e nesse contexto obviamente o dr. Paulo Macedo cumpre os requisitos” estabelecidos para todo o processo.

Questionado sobre quando será conhecida a restante equipa que acompanhará Paulo Macedo na administração do banco público e ainda sobre as razões da demissão de António Domingues, insistiu que o assunto não foi abordado na reunião de hoje do Eurogrupo, pelo que preferia falar do Orçamento do Estado para 2017, o tema discutido ao longo da primeira sessão de trabalhos.

Sugerir correcção
Comentar