Exclusivo Crónica Tanto faz não é resposta
Começar outra vez
É difícil explicar o que se sente quando rapazes que ainda nem são maiores de idade, defendem com toda a veemência que jamais aceitarão ter uma mulher que ganhe mais do que eles.
É difícil explicar o que se sente quando rapazes que ainda nem são maiores de idade, defendem com toda a veemência que jamais aceitarão ter uma mulher que ganhe mais do que eles.
O nosso direito ao voto, aparentemente tão óbvio, foi conseguido graças à dura luta de mulheres como Kate Sheppard. Mulheres que tiveram de provar que somos capazes. Que contamos.
Há responsáveis por esta morte. Os primeiros são aqueles que não permitiram a entrada do acompanhante, incumprindo a lei e atropelando a dignidade humana, os segundos somos nós todos
Navalny preferiu viver de peito erguido e morrer de pé. E uma morte assim nunca é um final. Tenho esperança, muita, de que o Navalny que quiseram enterrar seja, afinal, uma semente.
E eu gostava que a Eurovisão não se deixasse encantar pelo espectáculo dos Nebulossa. Gostava que uma letra tão pobre e vulgar não fosse repetida a gritos como se de um hino se tratasse.
Hoje, quando olho para trás, tenho vontade de rir. Senti-me muito adulta naquele dia, mas não passava de uma miúda incapaz de perceber que não é de uma casa que precisamos, mas de um lar.
A gestora que transformou o João Crisóstomo num hospital de referência na área geriátrica e paliativa foi dispensada ou, como se diz em “politicamentecorrectês”, foi nomeada para novas funções.
Nós não podemos ser o povo que tem medo e que faz posts que causam alarme social quando, no local onde vivemos, a integração dos outros tem sido pacífica e sem qualquer criminalidade associada.
Antigamente, no tempo das nossas mães e avós, dizia-se que era precisa uma aldeia inteira para educar uma criança. Hoje, a aldeia parece ser dispensável.
Devemos àqueles que mais queremos uma morte digna. E não há mortes dignas nos corredores dos serviços de urgência.
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