Hambúrgueres perigosos

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Trinta e dois hambúrgueres e cachorros-quentes não passaram nas análises da Pro Teste DR

Os hambúrgueres e cachorros-quentes vendidos nas caravanas estacionadas nas ruas de Lisboa e Porto são de evitar, porque a sua falta de higiene e o mau estado de conservação constituem uma ameaça para a saúde dos consumidores.

Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pela revista "Pro Teste", que recolheu em Agosto passado 50 amostras daqueles alimentos e os mandou analisar. Trinta e dois hambúrgueres e cachorros-quentes não passaram nas análises e oito (quatro de cada categoria) foram mesmo eliminados devido à presença da "escherichia coli", uma bactéria patogénica muito perigosa que pode provocar colite hemorrágica e causar a morte em organismos muito debilitados.
A maioria acusou a presença de mesófilos em excesso, o que significa que "provavelmente estiveram conservados em más condições - temperaturas muito elevadas ou locais sujos, por exemplo", conclui aquela publicação, que ontem começou a ser distribuída.
O valor de coliformes encontrados era muito superior ao que seria aceitável, o que indicia também uma "grande falta de higiene". Em dois casos foram detectados "staphylococcus aureus", bactérias que poderiam provocar, se esses alimentos fossem ingeridos, tóxico-infecções com perturbações gástricas, incluindo vómitos, náuseas e dores abdominais.
Na mesma ocasião, foram também analisadas as condições de venda nas caravanas, com resultados igualmente muito negativos.
A gravidade da situação levou a "Pro Teste" a alertar a Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar, que inspeccionou por sua conta algumas caravanas em Lisboa, tendo encerrado cinco e mandado limpar outras oito.

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