Seis mineiros resgatados de pedreira em Taiwan após sismo

Há pelo menos 600 pessoas presas em hotéis do Parque Nacional Taroko devido ao corte da estrada mas as autoridades já verificaram que se encontram a salvo.

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Sismo destruiu alguns edifícios residenciais em Hualien, Taiwan Reuters/Carlos Garcia Rawlins
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Cerca de 65 pessoas permanecem retidas nas áreas mineiras de Hualien EPA/DANIEL CENG
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A ilha foi abalada por mais de 300 réplicas desde o primeiro sismo EPA/DANIEL CENG
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Número de mortes permanece em nove, segundo as autoridades da ilha EPA/DANIEL CENG
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Regulamentos de construção rigorosos e uma boa preparação para desastres naturais parecem ter evitado uma catástrofe na ilha Reuters/Carlos Garcia Rawlins
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Seis mineiros que tinham ficado presos numa pedreira devido ao sismo que atingiu Taiwan esta quarta-feira, 3 de Abril, foram resgatados por equipas que ainda procuram 101 pessoas retidas em túneis ou em zonas montanhosas isoladas.

A autoridade de protecção civil de Taiwan divulgou um vídeo de um helicóptero a realizar duas missões para resgatar seis trabalhadores de uma pedreira de gesso em Hejen, na região de Hualien, no leste da ilha, perto do epicentro do sismo.

Cerca de 65 pessoas permanecem retidas nas áreas mineiras de Hualien, embora ainda não tenha sido possível determinar se estavam dentro ou fora das minas no momento do sismo.

De acordo com um novo balanço divulgado pelas autoridades, o sismo de magnitude 7,4 na escala de Richter, o mais poderoso a atingir Taiwan em 25 anos, causou pelo menos dez mortes e deixou mais de mil feridos. O anterior balanço provisório mencionava nove vítimas mortais, mais de 900 feridos e mais de uma centena de desaparecidos.

As autoridades de Taiwan estão em contacto com 101 pessoas presas em túneis ou zonas montanhosas isoladas, mas não conseguem comunicar com outras 46 pessoas.

Os trabalhos para abrir a estrada para Taroko, que é conhecida como a rodovia que atravessa a ilha e o desfiladeiro que liga Hualien à costa oeste de Taiwan, continuam. Segundo a Reuters, há pelo menos 600 pessoas presas em hotéis do Parque Nacional Taroko devido ao corte da estrada mas encontram-se todas a salvo, informou o corpo de bombeiros.

Um grupo de 47 funcionários de hotéis e 24 turistas permanece preso junto a uma caverna no parque, embora imagens de drones sugiram que a maioria está fora de perigo. “Espero que possamos usar o tempo que temos hoje para encontrar todas as pessoas presas ou desaparecidas e ajudá-las a recuperar”, disse o primeiro-ministro Chen Chien-jen, após uma reunião num centro de saúde em Hualien.

A ilha foi abalada por mais de 300 réplicas desde o primeiro sismo, e o Governo alertou a população para o perigo de deslizamentos de terra e queda de rochas. Os edifícios também tremeram violentamente na capital Taipei, mas os danos e perturbações foram mínimos.

O presidente eleito e actual vice-presidente da ilha, William Lai Ching-te, visitou Hualien na quarta-feira e referiu que o Governo já destinou 300 milhões de dólares de Taiwan (8,64 milhões de euros) para apoiar a região.

Taiwan é regularmente atingida por sismos, mas regulamentos de construção rigorosos e uma boa preparação para desastres naturais parecem ter evitado uma catástrofe na ilha.

O sismo levou à emissão de avisos de tsunami no país, mas também no Japão e nas Filipinas, entretanto já levantados. Foi sentido em Xangai e em várias províncias ao longo da costa sudeste da China, de acordo com os meios de comunicação chineses. A China continental e a ilha principal de Taiwan estão separadas por cerca de 160 quilómetros.

Taiwan situa-se ao longo do “Anel de Fogo” do Pacífico, a linha de falhas sísmicas que circunda o Oceano Pacífico e onde ocorre a maior parte dos sismos do mundo.

O pior sismo dos últimos anos em Taiwan ocorreu em 21 de Setembro de 1999, com uma magnitude de 7,7, causando 2400 mortos e cerca de 100 mil feridos, e destruindo milhares de edifícios.

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