Unidades de Saúde Familiar apontam falta de 1125 médicos de família

A Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar alerta que faltam 1125 médicos de família e pede medidas específicas para reter os profissionais no SNS para além da idade da reforma.

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Junta-se à necessidade de médicos de família a contratação de 560 enfermeiros e de 567 secretários clínicos, sublinha a USF-AN. Manuel Roberto
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Segundo a USF-AN, existem, neste momento, 673.895 utentes inscritos em médicos de família que têm mais de 65 anos, podendo reformar-se em breve. Somando estes utentes aos que não têm médico de família atribuído actualmente e aos inscritos em médicos de família com ausências longas ao serviço (mais de 7 meses), a associação estima uma necessidade que ronda os 1125 médicos de família, cerca de 560 enfermeiros e de 567 secretários clínicos.

Num comunicado enviado esta terça-feira, a USF-AN lembrou que, actualmente, estão no último ano de formação cerca de 650 internos de Medicina Geral e Familiar, mas cerca de 530 médicos de família podem reformar-se num espaço de ano e meio.

Considera ainda que, retendo parte destes médicos de família no Serviço Nacional de Saúde (SNS), "é possível manter ou integrar cerca de 800 médicos de família no próximo ano, dos quais 550 novos médicos de família (entre recém-especialistas e médicos de família que estão actualmente no sector privado)".

Lembra que a anunciada generalização do modelo B (pagamento por objectivos) das USF vai aumentar as listas de utentes - mais 250.000 utentes com equipa de saúde familiar, segundo o Ministério da Saúde, tendo em conta as unidades que estão em condições de avançar para este modelo - e que a disponibilidade deste modelo de funcionamento "deverá servir como atracção para fixar mais médicos de família".

No entanto, insiste, "devem ser pensadas medidas específicas para reter os profissionais, médicos e não médicos, no SNS para além da idade em que podem aceder à sua aposentação".

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