Montenegro: PSD só não será Governo se Chega e PS “estiverem de mãos dadas”

Luís Montenegro garante que “não se vai coligar nem com o PS nem com o Chega” caso não tenha maioria absoluta no Parlamento.

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Luís Montenegro acenou com uma "mudança política" nas próximas legislativas LUSA/ESTELA SILVA

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou esta terça-feira que o partido só não terá condições de governabilidade se "o Chega e o PS estiverem de mãos dadas".

"Se o PSD não tiver maioria absoluta no Parlamento, o PSD tentará encontrar o reforço da sua posição de maneira a alcançar essa maioria, sendo certo que não se vai coligar nem com o PS, nem com o Chega. Se mesmo assim não houver maioria absoluta, terão de ser esses partidos a tomar uma de duas posições: ou dar condições de governabilidade ao Governo ou então deitá-lo abaixo", afirmou o líder do PSD à margem da conferência "A nova economia" organizada pela CNN Portugal.

Aos jornalistas, Luís Montenegro afirmou que só não serão dadas condições de governabilidade ao PSD, após as eleições legislativas de 10 de Março, "se o Chega e o PS estiverem de mãos dadas".

O líder do PSD garantiu também não ter intenção de formar um Governo de bloco central. "Com a minha liderança no PSD isso não acontecerá seguramente", referiu.

Luís Montenegro disse ainda que no dia 10 de Março, para o qual estão agendadas as eleições legislativas, o país terá duas oportunidades: "Permanecer nesta linha de empobrecimento e definhamento da capacidade económica ou empreender uma mudança política". "O dia 10 de Março é uma oportunidade onde os portugueses podem tomar uma posição e espero que essa posição não seja de beneficiar o infractor", acrescentou.

Questionado sobre as críticas da Comissão Europeia ao "carácter expansionista" do Orçamento do Estado para 2024, Luís Montenegro defendeu que "vêm atrasadas": "Portugal está a perder uma grande oportunidade de poder requalificar a sua economia, tecido empresarial ao alocar a totalidade das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ao investimento público" ao contrário dos restantes Estados da União Europeia.

"Temos 26 Estados na União Europeia, com um nível de financiamento equivalente ao nosso, a apostar nas suas estruturas empresariais e economia e isso vai-se reflectir em mais competitividade nos próximos anos. Ao desviarmos esses recursos, não estamos a dar robustez à nossa capacidade", acrescentou.

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