Ronda negocial entre sindicatos médicos e Ministério da Saúde adiada para sábado

O pedido foi feito pela Federação Nacional dos Médicos e foi aceite pelo Ministério da Saúde.

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O ministro da Saúde ainda não conseguiu desbloquear as negociações com os sindicatos que representam os médicos LUSA/FERNANDO VELUDO

A ronda negocial entre o Governo e os sindicatos médicos que estava prevista para sexta-feira foi adiada para sábado, a pedido da Federação Nacional dos Médicos (Fnam), revelou esta quinta-feira o Ministério da Saúde.

“A Fnam contactou hoje o Ministério da Saúde, pedindo o reagendamento da ronda negocial para sábado e, não tendo o SIM [Sindicato Independente dos Médicos] nada a opor, o Ministério da Saúde acedeu ao pedido. A reunião será assim no sábado, pelas 14h”, refere a informação hoje divulgada.

Na terça-feira, no intervalo da última reunião com o Governo, os sindicatos médicos disseram estar-se ainda “muito longe” de um acordo.

Em declarações aos jornalistas o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, disse ter sido surpreendido com o facto de a Fnam ter pedido para ver os diplomas das unidades de saúde familiar e da criação do regime da dedicação plena dos médicos.

Poucos minutos mais tarde, a presidente da Fnam, Joana Bordalo e Sá, confirmou ter sido feita uma pausa e que as negociações iriam ser retomadas “com toda a normalidade e toda a regularidade”, após terem acesso aos documentos solicitados.

As negociações entre o Ministério da Saúde e o SIM e a Fnam iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta dos médicos, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.

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