Beja, Aveiro, Elvas e Tavira acolherão Coleção de Arte Contemporânea do Estado em 2024

Depois das exposições deste ano em Foz Côa e Castelo Branco, que contaram com mais de 50 mil visitantes, o acervo continuará a circular pelo país.

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Sandra Vieira Jürgens é a actual curadora da colecção NUNO FERREIRA SANTOS

Beja, Aveiro, Elvas e Tavira vão acolher no próximo ano exposições do programa itinerante da Colecção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), anunciou esta quarta-feira o Ministério da Cultura (MC), em vésperas da divulgação da lista das novas aquisições feitas em 2023 para este acervo.

"Depois das exposições em Foz Côa e Castelo Branco, em 2023, que contaram com mais de 50 mil visitantes, em 2024 a CACE será apresentada em Beja, Aveiro, Elvas e Tavira", lê-se num comunicado divulgado esta tarde pela tutela, no qual é referido que o ministro Pedro Adão e Silva irá anunciar na sexta-feira as novas aquisições.

Esta quarta-feira, em Madrid, na apresentação do programa Cultura Portugal, foi também anunciada uma exposição CACE na residência oficial do embaixador de Portugal em Espanha, a partir de 20 deste mês.

Trata-se da primeira mostra da CACE fora de Portugal, depois de o MC ter iniciado a circulação da colecção por diversos pontos do país, para promover o acesso às obras e o alargamento dos públicos.

Criada nos anos 1970 com o objectivo de se converter numa colecção representativa da produção artística portuguesa, a então Colecção SEC foi recebendo incorporações ao longo das décadas, mas ficou paralisada durante cerca de 20 anos.

As aquisições foram retomadas pelo Governo em 2019, depois de um grupo de 200 artistas plásticos ter, em 2018, exigido medidas urgentes para o sector da arte contemporânea ao primeiro-ministro, António Costa, que lançou um programa de compras a dez anos.

O programa começou com um orçamento de 300 mil euros, que foi sendo aumentado gradualmente, tendo atingido este ano o milhão de euros.

Desde 2019 entraram na CACE 247 obras, de 208 artistas, num investimento total de 2,25 milhões de euros, recorda o MC.

As obras que passam a fazer parte da colecção são identificadas por uma comissão cujos mandatos são bienais. A comissão em funções no biénio de 2023-2024 integra sete elementos, entre os quais os artistas António Olaio, Fernanda Fragateiro e Luísa Abreu e os curadores Luís Silva e Miguel von Hafe Pérez.

A historiadora de arte Sandra Vieira Jürgens é, desde Maio do ano passado, a curadora da CACE, na qual estão representados alguns dos mais importantes artistas portugueses da contemporaneidade, como Julião Sarmento, Artur Bual, Júlio Pomar, Maria Keil, Ilda David, Júlio Resende, Helena Almeida, Noronha da Costa, José de Guimarães, Abel Manta e Nikias Skapinakis.

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