A República das comadres

A CPI é inútil? Não. É apenas um instrumento eficaz para nos fazer reflectir sobre o estado da democracia

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Durante horas, o país teve direito a uma telenovela. A Assembleia da República, através da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à tutela política da TAP, empenhou-se em esgadanhar os contornos de um caso de polícia, discutindo quem agrediu, quem foi agredido, quem puxou por uma mochila, quem deu murros, quem chamou a polícia, de que esquadra e a que horas, quem mandou fechar as portas do ministério e porquê, quem chamou o SIS, quando e como. Tudo isto aconteceu por duas razões de cristalina simplicidade: porque, sem um inquérito judicial, jamais saberemos quem mente; e, principalmente, porque o que era importante saber sobre a tutela política da TAP já é mais do que sabido.

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