Sem Bolsonaro, Chega adia cimeira da extrema-direita

Além do antigo Presidente do Brasil, para esta cimeira estava também confirmado Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro italiano e líder da Liga, partido de extrema-direita desse país.

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Matteo Salvini, vice-primeiro minsitro italiano, e André Ventura LUSA/PAULO NOVAIS

André Ventura, líder do Chega, anunciou nesta quinta-feira que a cimeira de extrema-direita que ia promover em Lisboa nos dias 13 e 14 de Maio foi “adiada para data posterior”. Fê-lo porque, alega, alguns dos convidados — como Jair Bolsonaro, ex-Presidente do Brasil — foram “impedidos de viajar”.

“Fruto de acontecimentos que todos acompanhamos e que todos puderam ver nos últimos dias, o Chega terá de suspender e reagendar para data posterior a cimeira mundial das direitas que estava prevista para os dias 13 e 14 de Maio”, afirmou o líder do Chega em comunicado à imprensa.

Diz Ventura que alguns dos seus convidados são sujeitos a “perseguição”, exemplificando com a “retenção e apreensão do passaporte” de Bolsonaro, o que o “impediu de viajar” até Lisboa nas datas previstas.

Além de Bolsonaro, para esta cimeira estava também confirmado Matteo Salvini, vice-primeiro-ministro italiano e líder da Liga, partido de extrema-direita desse país. O partido havia também convidado, sem sucesso, Donald Trump, ex-Presidente americano, Santiago Abascal, líder do partido espanhol de extrema-direita Vox, e Giorgia Meloni, primeira-ministra de Itália e líder do partido de direita radical Irmãos de Itália.

É pelo menos a segunda vez que o Chega, no prazo de um ano, adia um "grande encontro" por si promovido. Fê-lo também a propósito da central sindical Solidariedade, promovida pelo partido de Ventura, que prometia sair à rua no primeiro trimestre deste ano. Não o tendo feito, Ventura afirmou ao PÚBLICO que espera fazê-lo ainda antes do Verão.

No âmbito da alegada falsificação do certificado de vacinação contra a covid-19 por parte de Bolsonaro, a justiça brasileira ordenou a apreensão do seu passaporte. Nesta quarta-feira, a polícia federal brasileira entrou na casa do antigo chefe de Estado brasileiro com o intuito de lá realizar buscas.

Segundo a revista brasileira Veja, nessa busca as autoridades não procuraram o documento em causa – todavia, refere a mesma publicação, está “prevista” a sua entrega.

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