Assédio no CES: “Não é uma denúncia vã, não é vingança, não é retaliação, não é política de cancelamento”

Duas investigadoras brasileiras queixam-se de assédio sexual por Boaventura de Sousa Santos. Acusações incluem assédio moral e extractivismo intelectual. PÚBLICO falou com a advogada que as representa

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Boaventura de Sousa Santos diz não ter recebido qualquer queixa por parte de uma advogada brasileira acerca de denúncias de assédio ADRIANO MIRANDA

“Não é por acaso”, dizia ao PÚBLICO uma investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) na semana passada sob anonimato, que as queixas que desencadearam o caso CES e Boaventura de Sousa Santos “são de alunas externas, estrangeiras, que não têm os mesmos meios para ter voz ou se proteger”. Na quarta-feira, a advogada brasileira Daniela Felix deu voz a denúncias de outras três mulheres – duas brasileiras e uma portuguesa – de assédio sexual, moral e extractivismo intelectual por parte de Boaventura de Sousa Santos. Duas delas ainda têm um vínculo com o CES. “Não é uma denúncia vã, não é vingança, não é retaliação, não é política de cancelamento de redes sociais. É uma denúncia completamente fundamentada, dorida, com grande custo para estas vítimas”, diz a advogada ao PÚBLICO.

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