TAP: IL chama Medina, Pedro Nuno, Leão, Centeno, Alexandra Reis e Lacerda Machado

A lista de pessoas a serem ouvidas na comissão de inquérito à TAP continua a crescer.

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Pedro Nuno Santos e Fernando Medina terão de depor na comissão de inquérito Nuno Ferreira Santos

A IL quer ouvir na comissão de inquérito à TAP o ministro Fernando Medina, os ex-governantes Pedro Nuno Santos, João Leão, Mário Centeno e Alexandra Reis, bem como a CEO da empresa e o ex-administrador Diogo Lacerda Machado.

Segundo informação adiantada hoje à Lusa, o partido pretende ouvir três dezenas de personalidades na comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, considerando que, quando se trata de uma "empresa que é controlada pelo Estado português e cujas operações representam um custo de oportunidade relevante na economia portuguesa, é especialmente importante garantir que tudo esteja a ser conduzido de maneira transparente e justa".

Entre a lista destas audições está, desde logo, o ministro das Finanças, Fernando Medina, bem como os seus antecessores no cargo João Leão e Mário Centeno.

A antiga secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis - cuja indemnização paga então na saída da TAP está na origem de toda esta polémica - também está nos pedidos da IL, assim como o presidente da CMVM, Luís Laginha de Sousa.

De antigos governantes, a IL quer também na comissão de inquérito o antigo ministro das Infra-estruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos e os ex-secretários de Estado Hugo Santos Mendes e Miguel Cruz.

Já João Nunes Mendes, que actualmente é secretário de Estado das Finanças, a IL quer ouvir na comissão de inquérito pelo facto de ter sido secretário de Estado das Finanças de João Leão e do Tesouro de Fernando Medina. Outro dos pedidos dos liberais é Maria Antónia Barbosa de Araújo, antiga chefe de gabinete do ministro das Infra-estruturas e da Habitação.

Entre os nomes a ouvir está ainda Diogo Lacerda Machado, ex-administrador não-executivo da TAP, e os antigos accionistas Humberto Pedrosa e David Neeleman. O que pode levantar outra questão que está fora desta comissão de inquérito: a forma como foi feita a privatização da companhia em 2015.

Da TAP, os liberais pretendem ver no parlamento a CEO, Christine Ourmières-Widener, o actual e antigo chairman da companhia aérea, Manuel Beja e Miguel Frasquilho, respectivamente, o actual e o antigo administrador financeiro, Gonçalo Pires e Raffael Quintas.

Os antigos CEO da companhia aérea Ramiro Sequeira e Antonoaldo Neves e os vários sindicatos relacionados com a atividade da empresa compõe ainda esta lista de audições, aos quais se juntam os auditores da TAP e os responsáveis da DGComp com o acompanhamento do plano de reestruturação.

No passado dia 3 de Fevereiro, a proposta do BE para constituir uma comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP, com duração de 90 dias, foi aprovada no parlamento, com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes partidos.

O texto aprovado sem votos contra estabelece uma comissão parlamentar de inquérito "à tutela política da gestão da TAP" que incida em particular entre 2020 e 2022, averiguando a entrada e saída da antiga governante Alexandra Reis e as responsabilidades da tutela nas decisões tomadas.

O inquérito parlamentar à TAP é presidido pelo socialista Jorge Seguro Sanches, que terá como 1.º vice-presidente o deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira e como 2.º vice-presidente o deputado do Chega Filipe Melo.

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