Alimentação foi o principal motor da inflação na zona euro em Janeiro

Inflação em Portugal alinhou com a média da zona euro, que se situou nos 8,6%, uma descida face aos valores de Dezembro.

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Preço dos bens alimentares tem subido Adriano Miranda

A inflação na zona euro situou-se nos 8,6% no mês de Janeiro, o mesmo valor que se registou em Portugal em termos harmonizados​, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas europeus, a média da União Europeia (UE) foi superior, situando-se nos 10%. Em ambos os casos, houve uma descida face aos 9,2% (zona euro) e 10,4% (UE) que se tinham registado em Dezembro, respectivamente.

Segundo o Eurostat, o maior contributo para a inflação na zona euro em Janeiro veio dos alimentos, álcool e tabaco, com 2,94 pontos percentuais (p.p.), acima dos 2,17 p.p. da energia, dos 1,8 p.p. dos serviços e dos 1,73 p.p. dos bens industriais. Há um ano, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, a inflação média nos países da moeda única estava nos 5,1%.

Os dados mostram uma grande disparidade entre Estados membros, com o valor máximo a ser atingido na Hungria, com 26,2%, seguindo-se a Letónia, cabendo ao Luxemburgo o valor mais baixo, com 5,8%, seguido por Espanha, com 5,9%.

De acordo com o Eurostat, a inflação desceu em 18 países da UE face a Dezembro, tendo subido em outros nove.

No caso português, o INE já tinha dado nota de que a inflação em Janeiro tinha como principal causa os bens alimentares, que, ao contrário dos produtos energéticos, não desceram.

Conforme noticiou o PÚBLICO, o grupo de alimentos onde os preços subiram mais entre Dezembro e Janeiro foi o do "açúcar, confeitaria e mel", com uma variação de 7,1%. No entanto, olhando para os últimos doze meses, verifica-se que as taxas de inflação mais elevadas estão nos "óleos e gorduras" (33,6%) e no "leite, queijo e ovos" (30,8%), onde também ainda não se começou a verificar uma inversão da tendência de preços.

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