Guerras culturais

Os governos ocidentais não querem ser acusados de privilegiar a nostalgia colonial em detrimento do resgate de peças que fizeram parte da produção e da memória local dos povos subjugados.

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Escultura Nkisi que integra a coleccao do Museu Nacional de Etnologia

O movimento contra a opressão das mulheres no Irão não dá sinais de abrandar, apesar da repressão violenta exercida pelo regime islâmico, que envolve o disparo de balas reais contra manifestações e a execução de detidos. Já há mais de 300 mortos. O movimento foi desencadeado pelo assassinato de Mahsa Amini por espancamento pela polícia de costumes iraniana no passado dia 16 de Setembro. De origem curda, ela foi detida, quando visitava o irmão em Teerão com a família. Não seguia a preceito o código de uso do véu e de roupa larga imposto pelo regime logo após a revolução de 1979. A resistência a esse código tem crescido na última década. Segundo uma sondagem independente realizada em 2020 pelo Grupo de Análise de Atitudes no Irão (Gamaan), 72% dos iranianos rejeitam o uso compulsório do véu contra 15% que o apoiam.

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