World Wellness Weekend: está na hora de se celebrar o bem-estar no mundo

Ioga, concertos de taças tibetanas, pilates ou massagens: ao longo do próximo fim-de-semana, serão promovidas várias actividades saudáveis e gratuitas à volta do globo, também em Portugal. O objectivo é “celebrar o bem-estar no mundo inteiro”.

Foto
Estão planeadas mais de 80 actividades em Portugal DR

Entre os dias 16 e 18 de Setembro, por todo o planeta, Portugal incluído, será possível participar em diversas actividades gratuitas relacionadas com o bem-estar, desde sessões de ioga até workshops de massagens.

A ideia deste World Wellness Weekend (WWW) é de que grupos, associações como spas ou hotéis ou câmaras municipais se envolvam e organizem programas saudáveis para que, “no mundo inteiro, naquele fim-de-semana, se celebre o bem-estar”, diz ao PÚBLICO Ana Coelho, embaixadora do evento em Portugal. E a data não é por acaso: o evento acontece mesmo antes do equinócio de Outono, uma altura que pretende simbolizar “harmonia” pelo facto de o dia durar tanto quanto a noite.

Esta iniciativa global, que este ano decorre sob o mote Living Well Together (Viver bem em conjunto), foi criada em 2017 com a parceria das Nações Unidas e não tem quaisquer fins lucrativos. É por isso que as actividades têm de ser gratuitas e devem promover os cinco pilares do bem-estar: o sono, a nutrição, a vitalidade, a serenidade e o sentido de propósito.

“Muita gente pensa que o bem-estar é só desporto”, mas, “neste caso, um concerto também pode ser wellness”, sublinha Ana Coelho, que trabalha na área do bem-estar há 20 anos e que foi convidada, no ano passado, pelo fundador do evento, Jean-Guy de Gabriac, para ser embaixadora do WWW em Portugal.

DR
DR
Fotogaleria
DR

Em 2021, a adesão em Portugal foi significativa, tanto que o país ficou entre as 20 primeiras nações com maior número de actividades das cerca de 140 que estão inscritas no Mapa Internacional do Wellness, que mostra todos os locais no mundo que promovem actividades neste fim-de-semana especial.

Uma vez que Ana Coelho é directora de um grupo de spas em Itália, trabalhando assim fora do país, este ano resolveu alargar a equipa com o objectivo de espalhar mais a palavra sobre o WWW em Portugal. Para coordenadora do projecto chamou Vânia Sousa, que está ligada ao marketing nas áreas da Saúde e do Turismo, e para embaixadora na cidade de Lisboa convidou a directora de spa dos hotéis Vila Galé, Liliana Ferreira, que deverá passar a ocupar o cargo de Ana Coelho no próximo ano.

Para a edição deste ano, é esperado um número de inscrições semelhante ao de 2021. De momento, estão registados no Mapa Internacional do Wellness 48 espaços espalhados de Norte a Sul, mantendo-se as inscrições abertas até ao dia 15 de Setembro. Já estão planeadas mais de 80 actividades, que podem ser consultadas no site oficial do evento ou nas redes sociais. As opções são várias: desde concertos de taças tibetanas e meditação para crianças nos Satsanga Spas espalhados pelo país todo até aulas de ioga no Castelo de Silves, passando por workshops de massagens no Anantara Vilamoura Spa e sessões de pilates ou tai chi em vários parques da cidade do Porto.

Foto
DR

Porém, nota a embaixadora, é pena que esta oportunidade não esteja a ser aproveitada em Portugal de uma forma mais criativa para, além de divulgar o bem-estar entre a população, desenvolver, por exemplo, também o turismo. Em Itália, onde Ana Coelho se encontra de momento, várias regiões estão a promover “pacotes de bem-estar”, baixando os preços das estadas ao mesmo tempo que oferecem as tais actividades gratuitas, como caminhadas ou passeios de bicicleta.

“Infelizmente, em Portugal ainda não chegámos aí, mas iremos conseguir”, diz Ana Coelho. Talvez a adesão não seja tão grande “porque ninguém me conhece em Portugal, ou talvez porque este ano os hotéis estão muitos cheios e com pouca mão-de-obra”, sugere. Para mais, a divulgação do evento no país também é escassa e não se vê um grande entusiasmo da parte das autarquias, acrescenta.

A Câmara de Lisboa, por exemplo, decidiu ficar de fora da iniciativa, o que Liliana Ferreira lamenta, embora ressalve também não ter insistido, deixando o tema em aberto para 2023. “Espero que no próximo ano tenhamos uma maior visibilidade e consigamos pôr ‘Lisboa a mexer'”, diz numa resposta por escrito. O PÚBLICO tentou contactar a autarquia de Lisboa, mas sem sucesso.

Ideias para dinamizar o evento não faltam, mas é “difícil chegar às pessoas certas”, concordam as duas responsáveis. “Imagine as três filarmónicas do Algarve, Lisboa e Porto estarem a tocar ao mesmo tempo na praia”, enquanto decorrem “aulas de ioga com o apoio das câmaras municipais”, descreve Ana Coelho. Seria caso para dizer “olha o que os portugueses fizeram, olha o que inventaram”.

Sugerir correcção
Comentar