Substituição de Marta Temido na Saúde “não será rápida”

O primeiro-ministro gostaria que ainda fosse Marta Temido a levar ao Conselho de Ministros o diploma que regula a nova direcção executiva do SNS, em meados de Setembro.

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LUSA/ANDRÉ KOSTERS

A substituição da ministra da Saúde “não será rápida”, disse à Lusa fonte oficial próxima do primeiro-ministro, adiantando que António Costa gostaria que fosse Marta Temido a concluir o processo de definição da nova direcção executiva do SNS.

“O primeiro-ministro gostaria que ainda fosse Marta Temido a levar ao Conselho de Ministros o diploma que regula a nova direcção executiva do SNS” e que considera uma “peça central da reforma iniciada com a aprovação do Estatuto em Julho passado”, disse à agência Lusa a mesma fonte.

A aprovação “só estava prevista para o Conselho de Ministro de dia 15” [de Setembro] e António Costa receia que a substituição de Marta Temido “atrase a aprovação” de um diploma que considera essencial, acrescentou a fonte.

A substituição de Marta Temido, que se demitiu esta madrugada, “não será rápida”, até porque António Costa estará “totalmente ocupado a concluir a preparação do Conselho de Ministros extraordinário da próxima semana para aprovar o pacote de apoio às famílias, que anunciará em Setembro”, no parlamento, explicou.

Na quarta-feira, António Costa estará todo o dia no avião com destino a Moçambique, onde irá participar na cimeira luso-moçambicana, até sexta-feira, só regressando a Lisboa no sábado à noite.

Marta Temido apresentou hoje a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo - a saída já foi aceite pelo primeiro-ministro.

O comunicado enviado pelo gabinete de António Costa à 01h29 afirma que o líder do Governo “respeita a sua decisão” e adianta que a saída da ministra já foi comunicada ao Presidente da República.

“O primeiro-ministro agradece todo o trabalho desenvolvido pela Dra. Marta Temido, muito em especial no período excepcional do combate à pandemia da covid-19”, pode ainda ler-se na nota enviada às redacções. Que conclui referindo que “o Governo prosseguirá as reformas em curso tendo em vista fortalecer o SNS (Serviço Nacional de Saúde) e a melhoria dos cuidados de saúde prestados aos portugueses”.

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