Como será o hotel da estação de comboios de Viana do Castelo?

O novo Axis Avenida, na estação, terá 50 quartos e deverá abrir em 2023. Os serviços ferroviários deverão manter-se.

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A estação durante um espectáculo multimédia CM Viana do Castelo
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A estação de Viana do Castelo CM Viana do Castelo
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Estação de comboios de Viana do Castelo PAULO RICCA/ARQUIVO

A reabilitação da estação ferroviária de Viana do Castelo, e a sua adaptação a hotel temático, orçada em cinco milhões de euros, estará concluída em 2023, prevendo-se a criação de cerca de 30 empregos, anunciou o administrador do grupo Turilima, Rui Costa, responsável pela futura área hoteleira da estação, projecto confirmado na terça-feira pelo presidente da autarquia local, Luís Nobre.

Costa disse que a intenção do grupo é iniciar a reabilitação na estação de comboios da cidade, construída no século XIX, em Outubro, e ter a unidade hoteleira, com 50 quartos e centrada na temática ferroviária, a funcionar durante o ano de 2023. O responsável estimou que o novo hotel Axis Avenida criará “cerca de 30 postos trabalho directos".

O imóvel, propriedade da IP, foi subconcessionado à Turilima, sendo que o contrato, assinado este ano, inclui o pagamento, pelo investidor, de um valor mensal, que se escusou a revelar. O acordo, adiantou Rui Costa, resultou de “uma conjugação de interesses”. “A IP tinha um edifício devoluto e a Turilima tinha interesse em recuperá-lo e explorá-lo para uma solução de hotelaria”, afirmou, acrescentando que o projecto da nova unidade hoteleira “foi concertado com a IP e respeita toda a traça do edifício”.

“Já ocorreram várias reuniões com a Câmara de Viana do Castelo e com a Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) no sentido de concertar a abordagem ao edifício. Toda a componente do edifício, nomeadamente o exterior, não vai sofrer alterações. Vai manter-se tal qual existe”, sublinhou. No interior da estação, explicou Rui Costa, “o projecto vai desenvolver-se nos pisos superiores, actualmente devolutos”.

"O piso inferior, estruturalmente irá manter-se exactamente igual, mas será recuperado e preservado. O projecto está actualmente em reapreciação para correcção de algumas questões analisadas com a DRCN”, apontou. Segundo o administrador da Turilima, “em termos funcionais, toda a parte ligada à operação ferroviária vai manter-se inalterada”. “A área actualmente ocupada pela operação ferroviária será exactamente a mesma que passará a utilizar. O que vai acontecer é uma reafectação dos espaços para que se possam autonomizar as duas operações”, explicou.

O projecto prevê “a utilização de objectos ou peças, solicitadas à IP, para fazer o enquadramento do hotel temático”. “Há um balcão antigo do café existente na estação que está identificado. Vai ser preservado e utilizado no espaço mais nobre do hotel”, especificou.

A Turilima detém os hotéis Axis de Viana do Castelo, e de Ofir, em Esposende, no distrito de Braga, entre outros empreendimentos turísticos.

Na terça-feira, em resposta a um pedido de esclarecimento da Lusa, a IP garantiu que os serviços ferroviários prestados na estação de Viana do Castelo “serão mantidos, embora relocalizados em diversas zonas do edifício”. A IP sublinhou que “o serviço de transporte ferroviário não vai sofrer alterações e a área destinada aos passageiros vai ser beneficiada”.

“Os serviços ferroviários serão mantidos, embora relocalizados em diversas zonas do piso 0 do edifício de passageiros e antigas instalações sanitárias, nomeadamente as bilheteiras e salas de apoio, a sala de estar e sala de refeições para o pessoal da CP, a sala de telecomunicações, a sala de comando, a sala do inspector e o espaço para a vigilância humana”, especificou.

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