Eleições presidenciais: “Em França, dizer que uma pessoa é de extrema-direita é humilhante”

O ex-jornalista e consultor político, Jean-Luc Mano, explica que há pudor dos eleitores de Marine Le Pen em assumir que ela é a candidata da extrema-direita. São palavras conotadas com uma das páginas mais sombrias da História francesa: o colaboracionismo do marechal Pétain.

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"Macron foi melhor no debate, esteve mais à vontade", diz Jean-Luc Mano ANTONY ADAMO

Jean-Luc Mano é, aos 66 anos, uma figura habitual na análise política em canais franceses de televisão. Foi jornalista e passou pela redacção ou direcção de informação de vários títulos: desde o comunista L'Humanité ao France Soir, passando pela TF1 (primeiro canal privado de televisão) e a France 2 (canal público). É autor de livros sobre a imagem dos políticos e o peso das palavras que proferem, de forma pensada ou espontânea. Já como consultor político, foi fundador da agência de comunicação Only Conseil. Nesta eleição, está próximo da equipa de Macron, embora sem ser seu consultor, diz numa entrevista ao PÚBLICO, em Paris. Apenas observa, e analisa. Aquilo que observou do debate de quarta-feira foi, entre outras coisas, que a candidata da União Nacional, Marine Le Pen, não recuperou totalmente da derrota no debate de 2017. “O populista fala às pessoas e está muitas vezes zangado com os números. É sempre o mesmo.” ​

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