Deputados da União Nacional eleitos com maioria absoluta, o que levou a esquerda a acusar partido de Macron de romper o cordão sanitário à volta da extrema-direira. Remodelação do Governo é esperada para os próximos dias.
Yaël Braun-Pivet chegou a um cargo que nenhuma deputada tinha alcançado e lembrou que é “longo e sinuoso” o caminho da igualdade. No arranque da legislatura entrou também em funções o mais jovem deputado da 5ª República.
A nova configuração do hemiciclo do Palais Bourbon permite concluir que o élan reformista de Macron - já esbatido - não terá qualquer hipótese de se afirmar nos próximos tempos.
Presidente francês iniciou uma ronda de contactos com os líderes partidários depois de ter perdido a maioria absoluta na Assembleia Nacional. Ninguém se mostrou disposto a uma aliança de longa duração, sobra a hipótese de negociar medida a medida.
É capaz de ser esta a vitória mais impressionante de Macron: ter convencido os adversários que ele perdeu e que eles, por arrasto, ganharam.
Marine Le Pen foi uma vencedora indiscutível. Mélenchon teve meia-vitória. E Macron terá perdido tanto quanto se anunciou?
Líder da coligação de esquerda propôs grupo parlamentar único para impedir que a União Nacional fique com cargos importantes na Assembleia, mas os parceiros recusam a ideia. Macron deve remodelar o Governo nos próximos dias.
Abstenção deverá situar-se nos 54%, aumentando face à verificada na primeira volta. União Nacional de Marine Le Pen tem o melhor resultado de sempre, elegendo um número de deputados muito superior ao previsto por qualquer sondagem.
O cenário mais provável é que uma das coligações ganhe, mas sem maioria absoluta. “O papel da Assembleia poderá sair reforçado no sistema político”, diz uma especialista em Direito Constitucional ao PÚBLICO.
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