Durão Barroso: “O PSD tem gente mais nova que é capaz de fazer aquilo que deve ser feito”

Em entrevista ao PÚBLICO/Renascença, o antigo primeiro-ministro e ex-líder social-democrata afasta um regresso à política.

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Durão Barroso é actualmente presidente não-executivo do Goldman Sachs International Daniel Rocha

Durão Barroso, ex-líder do PSD, ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, não se alonga em comentários sobre o seu partido de sempre, que vive dias de indefinição num longo processo de substituição do actual líder, mas sublinha que o seu partido “é uma grande instituição”.

Questionado sobre se o partido tem futuro depois de sucessivas derrotas eleitorais sob a liderança de Rui Rio, Durão Barroso afirma: “O meu partido é uma grande instituição e tem gente mais nova que é capaz de fazer aquilo que deve ser feito para defender os seus ideais e o seu programa.”

O ex-primeiro-ministro deu uma entrevista ao PÚBLICO/Renascença a propósito da guerra na Ucrânia em que, ao comentar a política interna, explica que “não prescinde de partilhar a experiência” que teve e admite manter contacto com muitos dirigentes e ex-dirigentes: “Falo com muita gente. Sou militante do PSD, gosto do meu partido, fui líder e isto é como uma família. Não se deixa a família. pessoas que saem mas neste caso não se deve sair.”

Durão Barroso diz ser sempre “leal” ao seu partido mais ainda não sabe se votará nas próximas eleições directas, que deverão ser em finais de Maio. "Não sei se tenho quotas em dia e vivo fora do país”, explica o ex-líder do PSD que vive em Londres onde é actualmente presidente não-executivo do banco Goldman Sachs International.

"Não tenho qualquer intervenção relevante no PSD nem quero ter”, insiste, na véspera de uma reunião do conselho nacional que vai definir os passos seguintes do partido.

Sobre política, Barroso garante que deixou a vida política há anos e que não pretende voltar. “Não tenho futuro político”, afirma.

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