Semana da Moda de Milão abre com a visita de Kim Jones aos arquivos da Fendi

O evento de moda italiano acontece até à próxima segunda-feira, dia 28. Entre as apresentações esperadas destacam-se a Prada, a Versace, a Giorgio Armani e a Dolce&Gabbana.

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Bella Hadid abriu o desfile Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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O desfile da Fendi Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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Na plateia a cantora Rita Ora e o realizador Taika Waititi Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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Já foi inaugurada a passerelle da Semana da Moda de Milão. Esta quarta-feira, a casa italiana Fendi apresentou a proposta para o próximo Outono/Inverno. O director criativo, Kim Jones, revisitou os arquivos das marcas à procura de inspiração para os novos coordenados, num desfile onde não faltou o luxo que caracteriza a Fendi.

Depois de Nova Iorque e Londres, é a vez de a moda rumar à capital da Lombardia, até à próxima segunda-feira, dia 28. Os desfiles presenciais regressam em força, enquanto o mundo volta lentamente à normalidade. Entre as apresentações esperadas destacam-se a Prada, a Versace, a Giorgio Armani e a Dolce&Gabbana.

Na Via Solari, número 35, o desfile da Fendi abriu com a modelo Bella Hadid, a usar um leve vestido rosa em chiffon, coordenado com um casaco, estilo bolero, em pêlo da mesma cor e umas luvas em caxemira verde.

O discreto vestido de Hadid seria a primeira de muitas peças em chiffon na proposta de Jones para a próxima estação fria, incluindo tops translúcidos, calças e macacões, adornados com padrões e folhos que balançavam ao passo das modelos. Destacaram-se, ainda, alguns coordenados mais formais em tweed, bem como a influência da alfaiataria.

Kim Jones conta ter vasculhado os arquivos da casa italiana — propriedade do conglomerado de luxo francês LVMH —, procurando inspiração tanto na alta-costura, como nas colecções de pronto-a-vestir feminino. A ideia surgiu depois de ver a designer de joalharia Delfina Delettrez a usar uma blusa antiga da mãe com o padrão clássico da Fendi. O criador de moda terá trabalhado, para esta colecção, lado a lado, com a herdeira da família Fendi, Silvia Venturini Fendi, responsável pelas linhas masculina e de acessórios da marca sediada em Roma.

Mas o criador de moda viajou também pelos arquivos de Karl Lagerfeld, que o antecedeu no papel de director criativo. As colecções de Primavera/Verão e Outono/Inverno de 2000 foram também mote para a proposta deste ano, em especial os padrões. “O melhor lugar para explorar os arquivos Fendi é através dos guarda-roupas. E estas são colecções que, apesar de virem do passado, são muito de agora”, escreveu o criador no descritivo da colecção.

Nas calças usou e abusou do padrão xadrez e as saias de cintura subida assemelham-se a corpetes. Os casacos assumem formas mais curtas e os cintos ganham bolsos para levar o telemóvel. “É uma guarda-roupa desenhado para todas as facetas da vida da mulher, para todas as gerações”, resume Kim Jones.

Em termos de acessórios, Venturini Fendi apostou na conhecida mala Baguette que, em 2022, celebra 25 anos. A designer trouxe de volta edições antigas em caxemira, camurça e em pêlo. Este último material foi, durante décadas, a especialização da marca fundada por Adele e Edoardo Fendi em 1925. Hoje, reduziram drasticamente a aposta no pêlo, que tem sido duramente criticada pela indústria da moda nos últimos anos, com dezenas de marcas a boicotar o uso deste material, da Versace, à Armani e à Tommy Hilfiger.

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