Internamentos quase duplicam em duas semanas. Mais 11 mortes e 2499 casos de covid-19

Número de doentes hospitalizados com covid-19 aumenta todos os dias há duas semanas: há mais 274 pessoas internadas que em 5 de Novembro, um aumento de 85%.

Portugal registou este sábado 11 mortes por covid-19 e 2499 casos de infecção, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado neste domingo. O relatório de situação actualizado indica que há 597 pessoas internadas, mais 53 que no dia anterior – a subida mais acentuada neste indicador desde 11 de Julho (mais 57 internamentos).

O aumento de internamentos verificado desta sexta-feira para sábado contribui para que o registo total de hospitalizações seja o mais volumoso desde 8 de Setembro (quando também estavam internados 597 infectados). Mantém ainda a tendência verificada nos últimos dias e que resulta num crescimento acentuado desde indicador nos últimos 15 dias: desde 5 de Novembro, o número de pessoas internadas devido à covid-19 quase duplicou.

Os registos ininterruptamente crescentes das últimas duas semanas acumulam mais 274 internamentos desde esse sábado do início do mês, quando estavam hospitalizadas 323 pessoas  uma subida de 85%.

Por sua vez, os internamentos em unidades de cuidados intensivos (UCI) têm tido um aumento menos acentuado e com registos diários mais oscilantes: subiram 43,5% desde 6 de Novembro, de 62 para 89 (mais um em relação ao dia anterior).

Apesar das subidas, é importante colocar os registos actuais em perspectiva: a 20 de Novembro de 2020, Portugal tinha um número de hospitalizações cinco vezes superior ao actual (3025), com o registo de doentes em UCI de então a corresponder a 81% do número total de internados deste sábado (485 doentes graves a 20 de Novembro do ano passado). Nessa altura, o registo de casos também era bastante superior: há um ano registaram-se 6472 casos.

O registo de internamentos continua a ser mais baixo em relação aos números do ano passado se colocarmos lado a lado momentos da pandemia com números diários de casos mais semelhantes. Em meados de Outubro do ano passado, de dia 15 a 21, o país registou uma média de 2154 casos por dia e acumulava, no fim desse período, 1287 doentes internados com covid-19, dos quais 187 em unidades de cuidados intensivos – mais de duas vezes os internados totais e doentes graves verificados actualmente.

Lisboa e Norte com 60% dos casos

Com os registos de casos e mortes desde sábado, o total de vítimas mortais sobe para 18.321 e o de infectados ascende a 1.122.283 desde o início da pandemia.

Há mais 541 recuperações, elevando o total de pessoas recuperadas para 1.059.002. Excluindo estes casos e os óbitos, Portugal conta agora 44.960 casos activos, mais 1947, que correspondem a cerca de 4% dos casos identificados desde o início da pandemia. A taxa de letalidade é de 1,63%.

A região com mais casos identificados no sábado foi a Lisboa e Vale do Tejo, com 873 casos, seguida da região Norte, com 641. Juntas, estas duas acumulam 61% dos casos nacionais. De resto, foram identificados 593 casos no Centro, 217 no Algarve, 70 no Alentejo, 72 na Madeira e 33 nos Açores.

Sete das 11 vítimas mortais foram de pessoas com 80 ou mais anos quatro mulheres, três homens), tendo também sido registada a morte de uma mulher no grupo etário dos 70 aos 79 anos, dois homens dos 60 aos 69 anos e ainda de um homem na faixa etária dos 50 aos 59 anos.

Os indicadores da matriz de risco, que servem para avaliar o avanço ou recuo no desconfinamento, só são actualizados nos boletins das segundas, quartas e sextas-feiras. Na matriz mais recente, o índice de transmissibilidade – R(t), o número de pessoas que são infectadas por alguém – manteve-se em 1,17 a nível nacional e subiu para 1,18 no continente. O índice de transmissibilidade era de 1,17, tanto a nível nacional como apenas no continente.

A incidência a nível nacional é actualmente de 191,2 casos por 100 mil habitantes. Se tivermos em conta apenas os dados do continente, está nos 190,9 casos por 100 mil habitantes. Estes valores colocam Portugal no quadrante vermelho da matriz.

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