Reunião Infarmed: “Nunca estivemos com valores tão baixos de R sem medidas de restrição muito acentuadas”

Dentro de cerca de duas semanas, o país irá atingir “incidências baixas a nível dos 60 casos por cem mil habitantes”, em todas as regiões excepto no Algarve.

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Paulo Pimenta

Tudo aponta para que Portugal esteja a fazer a sua derradeira saída da espiral pandémica. A reprodução efectiva do vírus aproxima-se de valores históricos num contexto sem restrições e a incidência percorre um caminho consistentemente decrescente. À margem da reunião dos especialistas desta quinta-feira, no Infarmed, Baltazar Nunes defendeu que a mitigação da pandemia depende da cobertura vacinal, que provou ter atenuado a transmissibilidade do vírus.

Desde a última reunião no Infarmed, a 27 de Julho, verificou-se uma redução do número de reprodução efectiva, o R, agora estimado em 0,84. “Nunca estivemos com valores tão baixos de R sem medidas de restrição muito acentuadas implementadas”, frisou o especialista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa).

A nível regional, o cenário é quase idêntico: o valor do R ronda entre os 0,8 e 0,84 em todas as regiões do continente. Na região autónoma da Madeira, o valor do R não é tão baixo, mas a incidência é de “poucos” casos, refere. Trata-se de uma situação “simétrica” à anteriormente divulgada na última reunião no Infarmed, com uma redução da incidência em todas as regiões.

Perante estes resultados, Baltazar Nunes antevê que, dentro de cerca de duas semanas, o país irá atingir “incidências baixas a nível dos 60 casos por cem mil habitantes”, em todas as regiões excepto no Algarve. 

A nível europeu, realça que a maioria dos países já se encontra em transição para uma fase decrescente da incidência, sendo que os que têm maior cobertura vacinal são os que apresentam os valores de R abaixo de 1. 

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