Detido quinto (e último) suspeito do milionário roubo de jóias do museu de Dresden

Autoridades acreditam que o homem fez parte do grupo que em 2019 assaltou o Cofre Verde, um dos museus mais antigos do mundo, levando jóias de grande valor histórico e gemológico.

Foto
Algumas das jóias roubadas do Cofre Verde - foram cerca de 100 e estão todas por localizar DR

As autoridades alemãs deram na segunda-feira mais um passo na investigação em torno do assalto ao Cofre Verde, museu de Dresden que guarda uma das melhores colecções de jóias da EuropaA polícia deteve um homem identificado como Abdul Majed Remmo, alegadamente membro do grupo que em 2019 levou deste museu alemão jóias avaliadas em mais de mil milhões de euros, de acordo com a soma a que chegou, sem citar fontes, o jornal Bild

Segundo a agência de notícias Reuters, Abdul Majed Remmo será o quinto e último membro deste grupo de assaltantes. O suspeito tem 22 anos, foi preso num apartamento em Berlim e levado de imediato para Dresden, juntando-se, assim, aos outros quatro que tinham sido já detidos no ano passado, em Novembro e Dezembro. 

As jóias, essas, continuam por recuperar, embora a polícia tenha feito buscas em 12 locais desde o roubo. 

Entre as peças roubadas estão três conjuntos de jóias do século XVIII com diamantes, usadas durante o reinado de Luís XIV, bem como uma espada cravejada de pedras preciosas, várias pregadeiras e medalhões e um colar de pérolas.

Abdul Majed Remmo, irmão gémeo de outro dos suspeitos, Mohamed, conseguira já por duas vezes evitar a captura. 

Os autores do roubo terão entrado por uma janela no rés-do-chão, forçando o gradeamento que a protegia, e pelo menos dois deles foram “apanhados” pelas câmaras de vigilância. A polícia chegou ao local cinco minutos depois de os alarmes terem soado, mas os ladrões já estavam longe.

O chamado Cofre Verde foi criado em 1723 por Augusto, o Forte (1670-1733), eleitor (príncipe com direito a eleger o imperador) da Alta Saxónia e mais tarde rei da Polónia, e instalado num antigo palácio real. O seu nome deriva do facto de algumas salas estarem decoradas num tom de verde semelhante ao da malaquite, uma pedra preciosa. A riqueza da sua colecção, que também inclui peças em âmbar e marfim, bem como um importante conjunto de esculturas em bronze do Renascimento, deve-se à rivalidade entre Augusto, o Forte, e Luís XIV, rei de França, que quiseram ver a sua riqueza e o seu poder expressos nas jóias e noutras obras de arte que compravam. 

Lembra a agência Associated Press esta terça-feira que, no ano passado, familiares dos gémeos Remmo alegadamente envolvidos no assalto ao museu de Dresden foram condenados pelo roubo de uma moeda de ouro avaliada em 3,7 milhões de euros, que nunca foi recuperada. 

Sugerir correcção
Comentar