Dior recorre ao esotérico tarot para lidar com a incerteza que a moda vive

Tendo por cenário um castelo a lembrar os contos de fadas, Maria Grazia Chiuri mostrou uma colecção cheia de brilho e dourados.

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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Ao centro, Maria Grazia Chiuri. Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Maria Grazia Chiuri. Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier
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Semana de Alta-Costura de Paris (Dior, Janeiro 2021) REUTERS/Benoit Tessier

Um dos pontos altos do calendário anual da moda, apenas com fatos elaborados e costurados de forma artesanal, a Semana de Alta-Costura é habitualmente um evento repleto de luxos. E se os luxos não faltaram à chamada, as multidões e as festas cheias de glamour foram adiadas, com todas as marcas a substituírem a passerelle por projecções online devido às restrições da pandemia de covid-19.

Ainda assim, há um esforço por manter a alta-costura, como mostrou a Dior de Maria Grazia Chiuri, que não poupou nos brilhos e encetou uma demanda espiritual, recorrendo a imagens dos signos do zodíaco e símbolos do tarot que usou para adornar vestidos dourados.

Tendo por cenário um castelo a lembrar os contos de fadas, Maria Grazia Chiuri mostrou uma colecção cheia de brilhos e dourados, em vestidos que combinaram malha lamé com veludo e cujos desenhos fugiram às habituais silhuetas cintadas para exibirem cortes de linha império. Os conjuntos foram ainda embelezados por capas a lembrar a realeza medieval – uma era composta inteiramente por elaboradas flores feitas de penas.

A colecção, explicou Maria Grazia Chiuri à Reuters, foi inspirada no tarot – uma referência recorrente na Dior, incluindo sob o supersticioso fundador Christian Dior (1905-1957) –, com muitos aspectos que evocam os conjuntos de cartas de Visconti-Sforza, desenhados no século XV. E a razão está na pandemia.

A designer explicou o seu interesse em explorar a magia e consolo que o tarot pode oferecer numa altura em que se assinala quase um ano de uma pandemia que tem vindo a destruir vidas e economias a nível global, enquanto muitas nações ainda se encontram confinadas para controlar a doença, Portugal incluído.

“[O tarot] pode ajudar a não se ter medo de algo que não se conhece”, considerou Maria Grazia Chiuri. E se as cartas são usadas para ler o destino, então foi essa leitura que a designer quis que transparecesse no vídeo da Dior, realizado pelo italiano Matteo Garrone, conhecido pela premiada longa-metragem Gomorra, repetindo, assim, a parceria.

Uma adaptação que mostra como as marcas de luxo mudaram a forma de planear colecções. No caso da Dior, explicou Maria Grazia Chiuri, houve alterações que passam por receber clientes de alta-costura via Zoom. Isto, sem esquecer as indústrias que dependem das semanas de moda: jornalistas, bloggers e retalhistas que se apoiam nestes desfiles para terem uma percepção do futuro da moda. “Tentámos fazer o melhor que pudemos também a pensar na cadeia de fornecimento.”

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