Refugiados: pelo menos 20 mortos ao largo da Tunísia

Barco afundou ao largo da Tunísia a caminho da ilha italiana de Lampedusa.

Foto
Dimitris Michalakis

Pelo menos 20 pessoas morreram quando o barco em que tentavam chegar à ilha italiana de Lampedusa se afundou ainda ao largo da Tunísia. A rota é usada por refugiados e migrantes do Médio Oriente e África para chegar à Europa.

O barco afundou a menos 10 quilómetros da cidade de Sfax, que é um dos pontos de partida mais usados para sair da Tunísia em botes inseguros que viajam com muito mais pessoas do que a sua capacidade e que muitas vezes não chegam ao destino.

“Foram recuperados 20 corpos, e cinco pessoas foram salvas, todas da África subsariana”, disse o porta-voz da guarda costeira tunisina Ali Ayari.

O barco não estava em boas condições e estava demasiado cheio, disse, citado pela emissora Al-Jazeera. Decorriam ainda buscas, já que ainda faltava encontrar cerca de 20 pessoas.

Este ano estima-se que tenham morrido mais de 620 pessoas no Mediterrâneo, num total de pelo menos 20 mil mortos desde 2014, segundo a Organização Internacional das Migrações (OIM). As rotas do Mediterrâneo dividem-se em três rotas principais, uma com destino Espanha, outra Itália e Malta, e outra entre a Turquia e a Grécia.

Cerca de 17 mil pessoas chegaram este ano a Itália e Malta vindas da Tunísia e da Líbia. A Líbia é um ponto especialmente marcado por abusos a direitos humanos, com muitos refugiados a serem mal tratados, ou mesmo torturados, pelos traficantes de pessoas que lhes tentam extorquir mais dinheiro.

O Mediterrâneo é, segundo as Nações Unidas, a rota de migração mais mortífera do mundo.

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