Famílias devem juntar-se “não simultaneamente, mas em momentos diferentes” no Natal, diz Costa

O primeiro-ministro deixou um aviso sobre os convívios sociais em família e apelou a que as famílias portuguesas se repartam durante o Natal para evitar a propagação do coronavírus.

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LUSA/TIAGO PETINGA

O primeiro-ministro António Costa disse, esta quinta-feira, em conferência de imprensa que as famílias se devem preparar para festejar o Natal de uma forma diferente do tradicional, de forma repartida, “juntando-se não simultaneamente, mas em momentos diferentes da quadra natalícia”.

“Não vamos poder estar todos juntos na noite da Consoada, vamos ter que nos repartir”, disse. “Famílias mais numerosas, seguramente por maioria de razão terão que o fazer, porque não é possível esse ajuntamento sem que isso ponha em risco a situação”.

António Costa sublinhou que 68% das transmissões “estão a ocorrer no convívio social e sobretudo no convívio familiar” apelando à preparação das famílias e garantindo que deseja que “o Natal seja o minimamente afectado possível”.

O primeiro-ministro já tinha avisado que os portugueses devem evitar “aglomerações” este Natal como forma de prevenção do contágio por coronavírus e que devem criar condições para que o Natal possa ser passado de forma segura.

Em Outubro, António Costa garantiu que não haverá um decreto a organizar as famílias no Natal.

Durante a conferência de imprensa, o primeiro-ministro admitiu que o estado de emergência que entrou em vigor no dia 9 deverá ser renovado. Segundo Costa, “é impossível não pensar que vamos ter um novo estado de emergência.”

O primeiro-ministro informou também que há 191 concelhos com restrições mais apertadas e confirmou que tanto o comércio como os restaurantes estarão fechados entre as 13h e as 8h. 

Texto editado por Ivo Neto 

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