O que quer dizer “tudo” na estratégia de Trump?

As palavras de Biden conseguem fazer-se ouvir? Quando a política se radicaliza, as mensagens de moderação correm o risco de se perder no ruído de fundo. Faltam 61 dias para as eleições.

1. De há muito tempo que a maioria dos analistas americanos alerta para o facto de Donald Trump estar disposto a tudo para permanecer na Casa Branca. Na segunda-feira, “tudo” ganhou uma nova dimensão, confirmando a regra segundo a qual o Presidente norte-americano consegue sempre ultrapassar a imaginação mais fulgurante. Ou mais aterradora. Numa conferência de imprensa na Casa Branca, Trump considerou aceitável que um jovem de 17 anos, pertencente a uma milícia de extrema-direita, tenha matado a tiro de espingarda semiautomática dois manifestantes que protestavam contra as sete balas que um polícia branco disparou contra o negro Jacob Blake em Kenosha, Wisconsin. O jovem, disse o Presidente, “poderia ter sido morto”. “Agiu em legítima defesa.” Kyle Rittenhouse, que veio do Estado vizinho do Illinois para apoiar as “forças da ordem” de Kenosha, é um apoiante declarado de Trump e já foi acusado de duplo homicídio.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção