Covid-19: Espanha prestou homenagem aos mortos da pandemia

Todos os partidos políticos estiveram presentes, excepto o Vox, de extrema-direita, que considerou a cerimónia como um acto de propaganda para desculpar as responsabilidades na gestão da pandemia da coligação governamental entre o PSOE e o Podemos, liderada pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

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O primeiro-ministro Pedro Sánchez LUSA/FERNANDO ALVARADO POOL
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A família real espanhola na homenagem no Palácio Real em Madrid LUSA/MARISCAL POOL
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Os líderes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu estiveram presentes LUSA/JUANJO MARTIN POOL
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A cerimónia realizou-se no pátio do Palácio Real, em Madrid LUSA/FERNANDO ALVARADO POOL

O rei de Espanha, Felipe VI, pediu “unidade” ao cidadãos e aos partidos políticos para que o “país possa olhar para o futuro com confiança”, na cerimónia solene em que foram recordados os 28.413 mortos causados pelo novo coronavírus no país, no pátio do Palácio Real, em Madrid, o maior palácio em funções na Europa.

Aroa López, enfermeira catalã chefe do serviço de urgências do Hospital  Vall d'Hebrón de Barcelona falou na cerimónia e pediu a todos que “não se se esqueçam da tragédia da pandemia, respeitando as recomendações sanitárias.

López pediu também que os trabalhadores da saúde não sejam esquecidos, recordou que o seu trabalho nos últimos meses “foi muito duro”. “Sentimo-nos impotentes, com a pressão de ter que aprender a andar, demos tudo o que tínhamos e actuamos no limite das nossas forças”. E muitos colegas, assinalou, “tiveram de dar a própria vida”, relata o jornal El Diario.

Todos os partidos políticos estiveram presentes, excepto o Vox, de extrema-direita, que considerou a cerimónia como um acto de propaganda para desculpar as responsabilidades na gestão da pandemia da coligação governamental entre o PSOE e o Podemos, liderada pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

Mas Pablo Casado, líder do Partido Popular, apesar de comparecer à cerimónia, voltou a acusar o executivo de mentir sobre os números dos mortos causados pela pandemia em Espanha, dirigindo-se aos jornalistas logo que terminou a homenagem às vítimas. “Temos de lamentar que não se sabia o real número de mortos”, afirmou. 

A Espanha registou até esta quinta-feira, segundo dados oficiais, 28.413 vítimas que morreram depois de ter dado positivo no teste da covid-19, números e relatos que indicam que o número pode ser muito superior.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 579 mil mortos e infectou mais de 13,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Os Estados Unidos são o país com mais mortos (136.900) e mais casos de infecção confirmados (mais de 3,46 milhões).

Seguem-se Brasil (75.366 mortos, mais de 1,96 milhões de casos), Reino Unido (45.053 mortos, quase 292 mil casos), México (36.327 mortos, mais de 311 mil casos), Itália (34.997 mortos e mais de 243 mil casos), França (30.120 mortos, cerca de 209 mil casos) e Espanha (28.413 mortos, mais de 257 mil casos).

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