PSP vai analisar imagens da Damaia e do funeral dos três homens que morreram na Segunda Circular

A PSP já havia identificado matrículas de motociclistas que invadiram o funeral e vai agora analisar as imagens das câmaras de vigilância urbana.

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Grupo de motociclistas causou perturbações no funeral, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa Daniel Rocha

A PSP vai analisar as imagens das câmaras de vigilância urbana (CCTV) da Damaia, na Amadora, e outras difundidas nas redes sociais relacionadas com o funeral das três pessoas que morreram num aparatoso acidente na Segunda Circular, em Lisboa.

Em causa estão imagens de um grupo de motociclistas que circulavam sem capacetes na Damaia e causaram perturbações do funeral, pouco depois, em Lisboa.

Em declarações à agência Lusa, a subcomissária do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis), Ana Carvalho, explicou que as imagens de vigilância urbana na Damaia “foram preservadas e vão ser analisadas”.

De acordo com a responsável, as imagens que circulam nas redes sociais vão ser “igualmente analisadas”, uma vez que do Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, essas são as únicas imagens disponíveis. A subcomissária sublinhou a necessidade de saber “se existe ou não qualquer situação, pois o cemitério pode ter dado autorização para a presença das motos”.

Uma viatura ligeira despistou-se pela 1h da manhã, no dia 21 de Fevereiro na Segunda Circular, junto ao Campo Grande, num acidente que causou a morte a três homens, com idades entre os 20 e os 40 anos, únicos ocupantes do carro.

O veículo capotou e embateu num poste de iluminação, que acabou por invadir as vias do sentido contrário (Benfica-Aeroporto), danificando um pórtico de painéis direccionais.

Na terça-feira realizou-se o funeral dos três homens. Pelas 15h30, a PSP recebeu a informações sobre “um grupo elevado de motociclistas que acompanhavam uma cerimónia fúnebre em direcção ao Cemitério dos Prazeres, na Estrela, e que efectuavam acelerações constantes e ruidosas, tendo dado entrada com os motociclos no referido cemitério, provocando elevado ruído e poluição”.

A subcomissária explicou à Lusa que, tendo em conta o local, e para evitar o surgimento de conflitos, os agentes da PSP “monitorizaram a situação, de forma a evitar que se alterasse a ordem e tranquilidade pública de outras pessoas”.

A PSP identificou algumas matrículas, nomeadamente de pessoas que estavam sem capacete, sendo agora enviadas “notificações para os proprietários dos veículos que ou assumem que estavam no local ou identificam quem conduzia o veículo”.

No comunicado enviado às redacções, o Comando Metropolitano de Lisboa explicou que os policias abordaram o grupo e “foram cercados de forma hostil por mais motociclistas, que entretanto foram chegando, que os empurraram e tentaram impedir a fiscalização dos infractores, chegando até a tentar a agressão aos agentes”.

De acordo com as autoridades, após a chegada de mais meios ao local “o grupo dispersou”. Perante a ausência de condições de segurança “não foi possível proceder à identificação de nenhum desordeiro”.

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