Universidade de Coimbra tem projecto de 10 milhões para requalificar Colégio das Artes

Primeira fase, que passa por intervir na cobertura e na fachada, deve durar pelo menos quatro anos.

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O Colégio das Artes, casa do Departamento Arquitectura (DARQ) da Universidade de Coimbra (UC), localizado na alta da cidade, vai passar por um processo de requalificação avaliado em 10 milhões de euros. Está previsto que a intervenção inclua cobertura, fachada, galerias e reorganização do espaço, numa área de cerca de 900 metros quadrados. No entanto, a UC não aponta um prazo para que a totalidade do projecto, que foi apresentado nesta quinta-feira pelo director do DARQ, José António Bandeirinha, na Capela do Colégio das Artes, seja concluído. <_o3a_p>

O edifício do século XVI, que foi construído sobre a muralha da cidade, acolhe o departamento desde 1988. Antes disso recebeu o Hospital Universitário de Coimbra, mas nunca foi alvo de obras de fundo que o adaptasse às novas funções. Em 2018, a passagem do furacão Leslie expôs as fragilidades da cobertura. <_o3a_p>

Esse é um dos pontos apontados como prioritários no projecto da do arquitecto e docente da UC, João Paulo Providência, com a consultoria do arquitecto João Mendes Ribeiro. A cobertura, assim como a fachada, integram a primeira fase da intervenção que deverá levar, pelo menos, quatro anos, aponta o vice-reitor para o património, edificado e infra-estruturas, Alfredo Dias, também presente na apresentação. <_o3a_p>

Actualmente, há obras a decorrer em duas das salas do edifício e a recuperação das galerias avançará “num momento mais próximo”, referiu o reitor da UC, Amílcar Falcão. O responsável não apontou um prazo concreto para a implementação da totalidade do projecto, tendo sublinhado que não estará pronto nos três anos e meio de mandato que lhe restam. “Depende do cronograma de financiamento que consigamos”, acrescentou. <_o3a_p>

Além dos “problemas de conforto e de salubridade dos espaços”, referiu Bandeirinha, “numa circunstância de pânico, este edifício é uma bomba relógio”. O director deu como exemplo o primeiro piso, utilizado por centenas de estudantes, com apenas uma escadaria a servi-lo. Numa segunda fase que ainda não está calendarizada, o interior do edifício será reorganizado, tendo lugar a instalação de um auditório, bem como a abertura de novos acessos.<_o3a_p>

Há também a vertente turística, a que a UC tem vindo a dar mais atenção desde que a Alta universitária foi classificada como património da humanidade pela UNESCO, em 2013. Daí que o Colégio das Artes precise “de ser mostrado de forma diferente”, com “entradas dignas para o edifício”, explorando a relação com a envolvente urbana, sublinha Bandeirinha. Há estruturas do edifício que foram sendo acrescentados durante a sua ocupação hospitalar que serão demolidos. O mesmo acontecerá com elementos entre o colégio e o Museu da Ciência.<_o3a_p>

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