A resposta da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) às acusações do Sporting demorou apenas algumas horas. Esta terça-feira, em comunicado publicado no site oficial, a associação acusou o emblema de Alvalade de ter desferido um “ataque vil e cobarde” contra o presidente do organismo, José Pereira.

Em resposta ao comunicado do Sporting – que caracterizou a ANTF como uma organização “tipo sindical” –, a associação apontou para a lei que regula a actividade de treinador de desporto, afirmando que intervém na defesa da aplicação da lei e dos regulamentos. De acordo com esta associação, o comunicado do Sporting teve como objectivo “confundir os mais distraídos”, pretendendo legitimar “o exercício da actividade de treinador por quem não está devidamente habilitado para o efeito”.

Desde a contratação de Silas para o cargo deixado vago pelo técnico holandês Marcel Keizer que os “leões” e a ANTF têm trocado palavras azedas. Tudo começou com uma primeira afirmação de José Pereira, em entrevista à rádio Renascença, em que o dirigente criticou a contratação de Silas, numa altura em que o técnico não possui o nível de qualificação necessário para treinar na I Liga. 

“Custa-me a acreditar que uma pessoa licenciada em medicina, como o presidente do Sporting [Frederico Varandas], admita para exercer funções quem não está devidamente habilitado. São situações tão ridículas como inaceitáveis”, afirmou o dirigente.

Este comentário não ficou sem reposta por parte dos “leões": esta terça-feira, o clube emitiu um comunicado em que classificou as críticas de José Pereira como “ridículas e inaceitáveis”, lembrando que o organismo “não é uma ordem profissional”. O Sporting acusou também o dirigente de demonstrar um “comportamento descabido” e de “anti-sportinguismo primário”. Por último, os “leões” deixaram a promessa de que irão tomar medidas para “restringir” a posição da ANTF.