Milhares de pessoas deslocadas nas Bahamas após passagem do furacão Dorian

Segundo a ONU, pode haver centenas de desaparecidos e 70 mil pessoas necessitam de ajuda humanitária urgente.

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O arquipélago das Bahamas, no rescaldo da passagem do furacão Dorian LUSA/LPhot PAUL HALLIWELL / BRITISH MINISTRY OF DEFENCE/HANDOUT
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Cerca de 4500 pessoas foram já deslocadas das suas casas nas ilhas Abaco e Grande Bahama, as mais devastadas pelo furacão Dorian. A maior parte foi realojada em Nassau, a capital do país, disse o porta-voz da Agência de Gestão de Emergências das Bahamas (NEMA), Carl Smith.

O furacão matou 45 pessoas no arquipélago das Caraíbas, mas o número de vítimas pode aumentar, disse o comissário da polícia, Anthony Ferguson. Em Abaco morreram 37 pessoas, na Grande Bahama oito.

Segundo a ONU, pode haver centenas de desaparecidos e 70 mil pessoas necessitam de ajuda humanitária urgente.

O Dorian, que no fim-de-semana deixou mais de 200 mil pessoas sem electricidade na costa atlântica do Canadá, devastou o arquipélago das Bahamas, sobre o qual permaneceu quase imóvel durante várias horas. Quando atingiu o arquipélago tinha categoria 5 (a mais alta) com ventos de 297 quilómetros por hora, passando a furacão de categoria 3 dias quando começou a deslocar-se para a costa dos EUA. Os ventos continuaram fortes, rondando os 205 quilómetros por hora e provocando entre 3,6 e 5,4 milímetros de chuva a mais do que o normal para a época.

Segundo o primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, 60% de Marsh Harbour, a principal cidade de Abaco, ficou destruída. O aeroporto de Grande Bahama ficou debaixo de água. A tempestade ​fez “danos que vão afectar várias gerações, disse o primeiro-ministro, citado pela CNN.

Os ventos fortes e as águas lamacentas destruíram ou danificaram estruturalmente milhares de casas, incapacitando a actividade de hospitais e deixando muitas pessoas presas dentro de casa – mesmo nas zonas superiores, depois da subida das águas.