Hoteleiros reclamam mais postos de abastecimento no Algarve

A rede de abastecimento estratégico conta com 25 postos. O sector turístico defende que os serviços mínimos deveriam contemplar mais do dobro.

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Mario Lopes Pereira

O mapa dos 25 postos da Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), no Algarve, ficou aquém das expectativas dos hoteleiros. O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas, diz que o Governo “teve apenas em consideração a população residente, esquecendo que estamos em pleno Agosto”. Em Faro, por exemplo, durante o período de greve, está garantido o abastecimento em três postos, já Albufeira, cheia de turistas, terá apenas dois.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, à semelhança do que está a passar em Lisboa e noutras zonas do país, já desencadeou a corrida às bombas. Em Vilamoura, no posto da Galp, a fila de espera para abastecimento continuou a crescer desde manhã. O presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, desdramatiza: “Os revendedores, ao contrário do que sucedeu no período da Páscoa, precaveram-se. Não há razões para alarme”, sublinhou.

A empresa Inframoura (responsável pela gestão do empreendimento turístico) criou um plano de contingência para enfrentar o período crítico da paralisação. Numa nota informativa, divulgada através do Facebook, garante que estão assegurados tanto a recolha dos resíduos, como o fornecimento de água. A empresa dispõe de depósitos próprios de combustível, cujo fornecimento estará garantido pelo que foi decretado nos serviços mínimos. João Fernandes adianta que o transporte de bens alimentares de primeira necessidade está também garantido, ao nível de 50%. 

No Algarve, a Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA), compreende 21 postos (15 litros/ veículo), mais quatro destinados aos transportes prioritários: segurança e saúde. João Fernandes, que participou em representação da região,  nas reuniões interministeriais , sublinha: a distribuição de gás natural a hotéis, restaurantes e residências está salvaguardada “com nível de abastecimento a 100%”. Por seu lado, Elidérico Viegas, elogia o Governo. “Tomou precauções, e bem, para minimizar o impacto da greve – ouviu as nossas preocupações”. No entanto, não deixa de criticar que os 25 postos da REPA “são manifestamente insuficientes”. Na região existem 138 postos de venda de combustível, e para garantir os serviços mínimos, avança, deveriam estar a funcionar cerca de 60.

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