A Altice está a “fazer o fecho do país” com fibra

Empresa anuncia protocolo com seis municípios para levar rede de fibra óptica a todas as habitações e negócios em dez freguesias. Há 4,6 milhões de casas com possibilidade de aceder aos serviços da Meo.

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Altice está a contribuir para a "coesão do território e competitividade", diz Alexandre Fonseca Nuno Ferreira Santos

O que têm em comum Rio de Mouro, em Sintra, Louredo, em Vieira do Minho ou Pinhanços, em Seia? A resposta é o protocolo anunciado esta terça-feira entre os autarcas e a Altice para cobrir todas as habitações e negócios daquelas freguesias com a rede de fibra óptica da operadora.

No final de 2015, a Altice comprometeu-se a estender a sua rede de fibra aos 5,3 milhões de casas em Portugal, até 2020. Hoje já há 4,6 milhões de casas com possibilidade de aceder aos serviços da empresa, que entrou numa fase que o administrador Luís Alveirinho descreveu como “começar a fazer o fecho do país”. A Altice está a “fechar integralmente a cobertura” de fibra óptica, a “fechar freguesias e concelhos e, no final, todos os distritos”, explicou.

Com o protocolo assinado com seis municípios espalhados pelo país, ficarão abrangidas as primeiras dez freguesias com cobertura integral da fibra óptica da Altice, em que os clientes da empresa (e dos outros operadores) poderão escolher os serviços disponibilizados sobre estas redes que garantem “a melhor conectividade”, afirmou o administrador com o pelouro tecnológico.

Os primeiros seis municípios a integrar este projecto-piloto estão repartidos pelo país, mas não se limitam a zonas de baixa densidade populacional no interior do país: entre eles estão Rio de Mouro (Sintra) e Corroios (Seixal).

Abarcados pelo projecto estão também os concelhos do Cartaxo (freguesias de Pontével, Vale da Pedra, União das Freguesias do Cartaxo e Vale da Pinta), Beja (União das Freguesias de Beja), Seia (Pinhanços, União das Freguesias de Santa Marinha e São Martinho) e Vieira do Minho (Louredo e União das Freguesias de Ventosa e Cova).

A expansão da fibra “não é um projecto que se concentre nos grandes centros urbanos, onde o poder de compra é maior”, a estratégia “também passa muito pela proximidade com os autarcas e freguesias”, disse Luís Alveirinho.

Na apresentação, o presidente executivo da Altice, Alexandre Fonseca, secundou as ideias expressas pelos vários autarcas e destacou o alargamento da rede de fibra óptica como uma “chave para coesão do território e competitividade”, sublinhando que essa tem sido uma aposta da empresa. “Temos feito milhares de quilómetros no país para estarmos perto” dos autarcas, populações e empresas, afirmou o gestor, citado pela agência Lusa.

O autarca de Beja, Paulo Arsénio, destacou o protocolo com a Altice “como muito importante” do ponto de vista das populações, “mas também na vertente das empresas” e para “equilibrar o país entre litoral e interior”.

O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, também destacou a importância das infra-estruturas de telecomunicações para a captação de investimento: “Nos múltiplos contactos [com potenciais investidores], a primeira ou segunda pergunta tem sempre a ver com as redes tecnológicas que temos nos nossos territórios”, disse.

Já o presidente da Câmara de Vieira do Minho (terra de Armando Pereira, sócio de Patrick Drahi na Altice) destacou o facto de a empresa já ter contribuído com a criação de emprego na vila com a instalação de dois contact centers e elogiou a nova iniciativa: “Assim a administração central tivesse a mesma vontade de descentralizar, como a Altice tem na fibra”, afirmou António Cardoso.

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