Rio vê na tragédia de Borba uma "falha notória do Estado"

"A culpa não pode morrer solteira", diz o líder do PSD.

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Rui Rio esteve este sábado em Esposende LUSA/HUGO DELGADO

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou este sábado que "há uma falha notória do Estado" no caso da queda de uma estrada em Borba e defendeu que "a culpa não pode morrer solteira".

"Há uma falha notória do Estado, seja a nível central, seja a nível local", disse Rui Rio, sublinhando a necessidade de se apurar responsabilidades.

O líder do PSD disse que não tem "por uso" apontar o dedo sem saber exactamente quem são os responsáveis, mas ressalvou que este "é um assunto suficientemente grave para que não se apurem responsabilidades".

"Tem de se fazer, obviamente, um inquérito, o mais depressa que se pode fazer, e bem feito, para apurar responsabilidades, porque a culpa não pode morrer solteira", acrescentou, à margem da Festa da Europa, que juntou mais de 2750 pessoas em Esposende.

Segundo Rio, a queda da estrada é mais uma prova "evidente" da "degradação brutal" dos serviços públicos em Portugal". Uma degradação que é responsabilidade deste Governo, "mas não só".

"É uma degradação que tem andado no tempo e este Governo nada fez para inverter essas situações e elas têm-se vindo a agravar. Os serviços públicos em Portugal estão num estado absolutamente mau, péssimo", rematou.

O primeiro-ministro afirmou sexta-feira que não há uma "evidência de uma responsabilidade do Estado" no desastre de Borba, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, na queda da ponte de Entre-os-Rios, em 2001.

"Se houver alguma responsabilidade do Estado, com certeza" que haverá indemnizações aos familiares das vítimas da tragédia em Borba, disse António Costa, questionado pelos jornalistas sobre se o Estado iria assumir as responsabilidades na reparação das vítimas.

"Agora, ao contrário do que aconteceu nas outras circunstâncias, não há uma evidência de uma responsabilidade do Estado”, vincou. "Como é sabido a estrada [255, que liga Borba a Vila Viçosa] não é uma estrada da gestão do Estado desde 2005", justificou.

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