FC Porto evitou males maiores no arranque da Champions

Depois de desperdiçarem um penálti, os “dragões” estiveram a perder frente ao Schalke 04. Mas Otávio, noutra grande penalidade, estabeleceu o 1-1.

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Otávio fez o golo do FC Porto, de penálti Reuters/LEON KUEGELER

Do mal o menos, o FC Porto salvou um ponto e alguns milhares de euros na visita ao Schalke 04, na primeira jornada do Grupo D da Liga dos Campeões. No regresso a Gelsenkirchen, onde em 2004 conquistaram o título de campeões europeus, os “dragões” fizeram uma exibição algo descolorida, como a camisola cinzenta que vestiram no duelo com os alemães que também vestem de azul e branco. Otávio, de penálti, fez o golo que evitou a derrota (1-1) e que concedeu uma recordação mais agradável a Casillas, que se tornou no futebolista com mais participações na Champions (20 edições).

Numa partida muito disputada em termos físicos, o FC Porto sentiu dificuldades e o desconforto tornou-se evidente após a grande penalidade falhada por Alex Telles, aos 13’. Com as duas equipas a disputarem com intensidade cada centímetro de relva, as situações de perigo junto das balizas foram escassas. No segundo tempo vieram os golos: primeiro o Schalke 04, a castigar a inabilidade da equipa de Sérgio Conceição na sequência de um canto favorável aos “dragões”, e depois Otávio, num penálti assinalado por falta sobre Marega que deixa algumas dúvidas.

Danilo foi a surpresa no “onze” escolhido por Sérgio Conceição, repetindo a titularidade e relegando Sérgio Oliveira para o banco de suplentes. O FC Porto foi submetido à intensidade do Schalke 04 na fase inicial do encontro, mas praticamente na primeira ocasião em que chegou à área contrária teve uma oportunidade soberana para adiantar-se no marcador. Naldo tocou a bola com a mão e o árbitro assinalou penálti, mas Alex Telles permitiu a defesa de Fährmann, que travou a bola com a mão esquerda.

O lance causou mossa à equipa do FC Porto, que continuou sem se encontrar na partida. Ao ponto de se ter exposto mais do que era aconselhável: aos 27’ a defesa facilitou, o adversário recuperou rapidamente a bola e Serdar não perdeu tempo para desferir um remate forte, que Casillas mergulhou para segurar.

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Livescore

Os “dragões” entraram que nem relâmpagos no segundo tempo e quase marcavam logo a abrir, num lance em que Alex Telles, de livre, deixou Otávio isolado pela direita; depois este colocou a bola na área, tendo sofrido um desvio em Felipe e depois em Fährmann, com o perigo a afastar-se da baliza.

Mas o Schalke 04 (vice-campeão alemão mas que leva três derrotas em três jornadas da Bundesliga) parecia jogar sempre uma velocidade acima do FC Porto, e isso ficou claro no lance do 1-0. Tudo começou na sequência de um pontapé de canto a favor dos “dragões”: Herrera perdeu a bola para Bentaleb, que lançou Serdar. Este ganhou no choque com Danilo (que ficou a queixar-se de falta) e passou para McKennie, que viu Embolo isolado do lado contrário. Cara a cara com Casillas, o avançado suíço rematou de forma cirúrgica e não desperdiçou.

Soavam as sirenes. Contudo, o FC Porto ainda foi a tempo de evitar a derrota. Em mais um penálti, Otávio não desperdiçou e conseguiu bater Fährmann ( 75’). Marega não desistiu da bola, passou entre Naldo e Sané e o árbitro Jesús Gil Manzano considerou haver falta sobre o maliano. As repetições televisivas não permitem desfazer a dúvida.

O Schalke 04 ainda pressionou para chegar à vitória, mas os “dragões” resistiram, mesmo mostrando mais coração do que cabeça. Como quando Felipe esteve perto de fazer autogolo, após cruzamento na esquerda. Sérgio Conceição admitiu que a exibição não foi brilhante. Quanto a boas memórias de Gelsenkirchen para os portistas, haverá sempre 2004.

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