Táxi fluvial no Douro deve arrancar em Setembro

Início do serviço esteve previsto para a Páscoa de 2015, mas só no fim do Verão o rio Douro vai ter rabelas a fazer ligação entre as ribeiras de Porto e de Vila Nova de Gaia

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Jose Manuel Ribeiro/Reuters

O serviço de táxi fluvial no rio Douro, com rabelas a ligar as ribeiras de Porto e Vila Nova de Gaia, vai começar a funcionar até ao início de Setembro, garantiu esta sexta-feira, 19 de Agosto, a empresa promotora que viu esta semana aprovadas as últimas licenças necessárias.

"Está previsto entre o final de Agosto e o início de Setembro", disse à Lusa Miguel Alves, coordenador do projecto da empresa The Fladgate Partnership que quer pôr duas embarcações — rabelas — em funcionamento contínuo a ligar as duas margens do Douro, em travessias de três minutos.

No início do ano, a empresa esperava ter os barcos a circular ainda antes da Páscoa, mas o processo de licenciamento acabou por demorar, tendo a última licença sido emitida esta semana pela APDL — Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.

De acordo com o coordenador do projecto, a Fladgate Partnership vai agora dar início à construção simultânea dos dois cais de acostagem das embarcações. Do lado do Porto, este vai ficar no topo montante do Cais da Estiva, naquele que é um posto de fronteira marítima fora de espaço Schengen. A APDL assegura, porém, que esta é uma localização "compatível com a manutenção das obrigações do espaço Schengen".

A instalação das plataformas de 12 metros nas ribeiras de Porto e Vila Nova de Gaia demorará, segundo Miguel Alves, cerca de "duas semanas", após as quais começa a navegar a primeira de duas rabelas, actualmente ancorada na Douro Marina, na Afurada. A segunda embarcação, ainda em construção em Setúbal, deve chegar ao Douro a 15 de Setembro.

As rabelas, que começaram por se chamar "vaporettos" e que chegaram a mudar de nome para rabeleiros, têm capacidade para 28 passageiros e dois tripulantes, uma cabine interior e motor fora de bordo a gasóleo. De acordo com informações da empresa divulgadas em Janeiro, as embarcações funcionarão numa "lógica de ida e volta" entre as duas margens, com viagens de 240 metros a durar três minutos e preços a rondar os 2,50 euros por viagem.

Adrian Bridge, director-geral da empresa, disse então que "quase todas as infraestruturas de alojamento estão na margem Norte e há quase 870 mil pessoas que visitam as caves todos os anos". Com este novo serviço, o objectivo é captar um pouco mais de 20 por cento desses turistas que mesmo a pé, de táxi, autocarro ou "tuk tuk", visitam a margem sul do Douro e "têm sempre que atravessar a ponte Luiz I".

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