Cinco acessórios para facilitar a vida de quem anda de bicla

Uma novidade portuguesa (com campanha de “crowdfunding” ainda a decorrer) e quatro acessórios que o P3 apresentou e merecem ser lembrados. O objectivo de todos: facilitar a vida dos ciclistas urbanos

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LeafXPro

Porque a chuva não tem que ser um dos inimigos de quem usa a bicicleta diariamente, uma equipa de portugueses desenvolveu o LeafXPro. O nome não denuncia o produto, é certo, mas a descrição ajuda: um “guarda-chuva para bicicletas”. Nos últimos dois anos, Manuel Brito e Teresa Dora, juntamente com o resto da equipa, investigaram, trabalharam no design e testaram materiais para criar uma espécie de guarda-chuva “eficaz, duradouro, versátil, confortável, com estilo e ergonómico” para os ciclistas utilizarem quando chove. A estrutura é modular e pode ser instalada em vários modelos de bicicletas, com dois acessórios extra: um para proteger bebés e crianças que viajem em porta-bebés e outro para pedalar em condições atmosféricas mais extremas. Cintos e fechos éclair mantêm a estrutura segura, sendo ajustável à altura do ciclista. Até 21 de Maio, o LeafXPro está em pré-venda no Indiegogo, com uma campanha de “crowdfunding” cujo objectivo é angariar 8.500 dólares (perto de 7.500 euros). A partir de 49 dólares (43 euros) é possível encomendar um kit do LeafXPro com bolsa de transporte.

Alcoho-lock

Sais à noite. Estacionas a bicicleta, colocas o cadeado e vais à tua vida. Muitas cervejas depois, e com uns quantos "shots" pelo meio", regressas ao poste onde a tua "bike" te aguarda. Se tiveres um Alcoho-lock, é aqui que a história muda de figura. Este apresenta-se como o “primeiro cadeado alcoolímetro do mundo” e só abre se a taxa de álcool no sangue estiver nos valores permitidos por lei. O “gadget”, desenvolvido no Japão, sincroniza-se com uma aplicação para “smartphone” via Bluetooth e mostra a taxa de alcoolemia no ecrã. Feito de alumínio, o Alcoho-lock pesa 466 gramas e custa entre 200 e 300 euros — o que pode ser uma desvantagem. O produto pode ser reservado por e-mail.

LifePaint

Quando as luzes ou as peças de roupa reflectoras falham, um “spray” pode ser a solução para diminuir os acidentes de viação por falta de visibilidade. A Volvo aliou-se à Grey London e à Albedo 100 e desenvolveu o LifePaint, um “spray” de segurança passiva que brilha com a luz dos faróis dos automóveis. Pode ser aplicado na própria bicicleta, nas peças de roupa e de calçado, nas mochilas e até em trelas e coleiras de animais. Os têxteis são os materiais nos quais o “spray” funciona melhor sem afectar a cor original. À prova de água e lavável, assegura a durabilidade aproximada de uma semana. A ideia deste produto é “tornar visível o invisível” para, assim, procurar reduzir a taxa de acidentes rodoviários entre ciclistas e automobilistas — mas não é consensual. Num artigo publicado no “Washington Post”, a invenção da marca sueca é acusada ser “mais uma forma de os automobilistas serem ilibados de toda e qualquer responsabilidade por aquilo que fazem com os seus carros para outros utilizadores da estrada”. Uma petição online exigia ainda que o LifePaint fosse aplicado em todos os carros da Volvo, além de distribuído gratuitamente entre os ciclistas. O “spray” está à venda online a partir de 10 libras (cerca de 12,6 euros).

Zackees

A segurança de todos os que andam na estrada — ciclistas, automobilistas e peões — é a motivação principal de muitos dos acessórios para bicicletas. O caso das Zackees não é excepção. Estas luvas têm sinalização electrónica e luminosa de mudança de direcção, ou seja, funcionam como os vulgos “piscas”. Zach Vorhies trabalhou como engenheiro de “software” na Google durante cinco anos e meio e despediu-se para se dedicar às luvas para ciclistas, juntamente com um amigo. Lançou uma campanha de “crowdfunding” — outro elemento comum às criações aqui apresentadas — e conseguiu o financiamento para a produção em massa das Zackees. As luvas, aparentemente iguais a quaisquer outras, têm LED cor-de-laranja incorporados que piscam quando o utilizador junta os dedos indicador ao polegar e podem ser lavadas. Além de ciclistas, também patinadores, corredores e “skateboarders” podem beneficiar destas peças de vestuário, cujo preço começa nos 59,95 dólares (53 euros).

Connected Cycle

Um pedal inteligente que impede o roubo da bicicleta? Existe e está quase a entrar no mercado. O Connected Cycle é um dispositivo que fornece “uma solução simples para os utilizadores de bicicleta regulares”. O proprietário da bicla, escrevíamos no P3 no início de 2015, “é imediatamente notificado quando esta se move e pode localizá-la imediatamente”. Desenvolvido por franceses, o pedal está equipado com sensores GPS e GPRS  e permite rastrear a actividade física do ciclista (velocidade, rota, calorias queimadas), armazenando toda a informação numa aplicação para “smartphone”. A instalação do Connected Cycle, asseguram os criadores, “demora menos de dois minutos e não requer nenhuma habilidade mecânica”. O preço de venda deste produto ainda não é conhecido mas já é possível encomendar no site. Na campanha de “crowdfunding” que aconteceu em Maio último, um par de pedais custava 189 dólares (167 euros).

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