ReFood arranca em Coimbra a partir de Fevereiro de 2016

Um grupo de 70 voluntários, na maioria estudantes, decidiu levar o projecto ReFood para Coimbra. O arranque está marcado para Fevereiro de 2016

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O projecto ReFood, que consiste na distribuição por famílias carenciadas de comida recolhida em restaurantes, vai estender-se a Coimbra a partir de Fevereiro do próximo ano, anunciou esta quarta-feira, 9 de Dezembro, o grupo promotor, constituído maioritariamente por estudantes.

"Pretendemos aproveitar as sobras dos restaurantes que, à partida, tinham como destino o lixo e fornecê-las às pessoas que passam fome e têm necessidades diárias", explicou à agência Lusa David Castro, de 19 anos, um dos elementos da ReFood Coimbra. O estudante de Direito, natural da Costa da Caparica, falava à Lusa à margem do encontro que decorreu quarta-feira à noite no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, para a apresentação pública à cidade e reunião de voluntários do projecto.

Criado em 2011 em Lisboa pelo norte-americano Hunter Halder, que reside em Portugal há mais de duas décadas, sob o lema "Aproveitar para Alimentar", o programa ReFood ganhou dimensão nacional e estendeu-se a cidades como o Porto, Viana do Castelo ou Aveiro, entre outros locais. Segundo David Castro, Coimbra arrancou com um grupo de 70 voluntários, apelidados de pioneiros, a quem é pedido que doem duas horas do seu tempo para alimentar 10 pessoas, e será o 23.º núcleo a abrir em Portugal.

"Nós viemos no seguimento de outro projecto [Missão Prato Cheio], que já estava a apoiar 100 pessoas em Coimbra, através de mais de 20 voluntários", adiantou o estudante, considerando que o ReFood vai tornar a ajuda "maior e muito melhor, com outras condições".

O número de parceiros e de voluntários será conhecido em Fevereiro do próximo ano, quando arrancar o projecto, mas existem já manifestações de interesse por parte de dezenas de restaurantes, voluntários individuais, empresas de artes e instituições de solidariedade social. Para já, o grupo promotor está a tratar de toda a parte logística e burocrática, sendo que os beneficiários serão referenciados pela Segurança Social.

"O nosso objectivo é complementar as associações locais e ajudar pessoas que ainda não estão a ser ajudadas. Não queremos de maneira nenhuma substituí-las, mas sim combater dois males: a fome e o desperdício alimentar", disseram, por seu lado, as estudantes Marta Graça e Berta Cabral, do grupo promotor.

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