O fotógrafo Mark Sherratt sentia-se impotente sempre que lia e ouvia as notícias sobre os milhares de refugiados que têm chegado à Europa nos últimos meses. Sentia-se afectado pelas histórias trágicas e queria fazer algo para ajudar. A fotografia de Aylan Kurdi numa praia da Turquia marcou o momento em que Sherratt passou de uma ideia a uma acção. Acreditou que outros colegas fotógrafos talvez sentissem o mesmo e lançou-lhes um desafio: criar uma plataforma online de venda de fotografias, cujo valor reverte para ajudar os refugiados. Assim, de forma simples, garante, nasceu o “Prints for Refugees”.

“Tu recebes uma fantástica obra de arte e os refugiados na ‘selva’ de Calais [em França] e em toda a Europa recebem o tão necessitado tratamento médico”, lê-se na apresentação do site. O preço das impressões das fotografias é mais baixo do que o praticado, por exemplo, em galerias e 100% do valor é entregue à organização Médicos do Mundo do Reino Unido.

Nas zonas da Europa onde os refugiados se concentram, em campos que os acolhem ou em zonas fronteiriças, os Médicos do Mundo britânicos deparam-se com doenças graves. Problemas respiratórios, stress pós-traumático e fracturas são os mais comuns. De acordo com esta organização, 100 libras (cerca de 140 euros) são suficientes para cobrir os custos diários de uma equipa médica na clínica de Calais que, por dia, trata mais de 50 pessoas.

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As impressões disponíveis para venda são da autoria de mais de 30 fotógrafos de todo o mundo, entre eles Samuel Hicks, Spencer Murphy, Anna Huix ou Julian Anderson. O “Prints for Refugees” envia as fotografias para todo o mundo.