A crise do papel higiénico chegou à Venezuela

O governo venezuelano encomendou 50 milhões de rolos para abastecer alguns dos grossistas

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Jorge Silva/Reuters

A crise de abastecimento não é um dado novo entre os venezuelanos. O leite não abunda nos supermercados, assim como o açúcar, a farinha ou o óleo alimentar. As pessoas queixam-se agora de falta de papel higiénico.

De acordo com o Banco Central da Venezuela, o índice de escassez, que mede a falta de produtos no mercado, chegou a 21 por cento no mês de Abril, o maior desde que o indicador começou a ser utilizado, em 2009.

O papel higiénico esgotou nos grandes armazéns e a corrida aos supermercados também parece perdida para a grande maioria dos consumidores. A procura é tanta que, segundo a Associated Press, o governo venezuelano encomendou 50 milhões de rolos para abastecer alguns dos grossistas.

Durante os 14 anos do governo de Chávez, a disponibilidade de alimentos e outros bens teve flutuações constantes. "A maioria dos analistas", considera a BBC, diz que "a comida se transformou numa arma eleitoral em Abril" e que, por isso, "muitos dos que antes votaram em Chávez, desta vez deram seu voto à oposição".

As filas prometem continuar em Caracas, onde chegaram algumas dezenas de portugueses com o Acordo Complementar Económico e Energético assinado entre a Venezuela e Portugal em 2008.

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