Luís Fonseca emigrou para França, mas pouco tempo aguentou sem a comida portuguesa. Da inevitabilidade de mudar de país acabou por nascer a "Portugal ao Domicílio" — uma loja online que leva produtos portugueses a qualquer casa do mundo.
Rebuçados Dr. Bayard, pasta dentrífica Couto, sardinhas enlatadas Minerva, pastilhas Gorila ou a pomada Halibut são apenas alguns dos produtos da vasta gama nacional que oferece a "Portugal ao Domicílio".

Esta loja online de produtos portugueses é o projecto de Luís Fonseca, de 40 anos, emigrante em França. A oferta já é vasta mas Luís garante que não vai ficar por aqui. Quer levar a despensa portuguesa aos quatro cantos do mundo e a verdade é que, em pouco mais de um mês, já recebeu onze encomendas oriundas de Espanha, França, Inglaterra, Holanda, Bulgária, Peru e até da China.

Foi a dificuldade em encontrar produtos portugueses, de que lhe falavam amigos e familiares no estrangeiro, que lhe deu a ideia, mas foi a saudade que Luís sentiu da comida portuguesa que serviu de alavanca ao projecto. É que há um ano e meio, Luís ficou desempregado e viu-se na iminência de emigrar, quando a esposa começou a trabalhar em Paris.

Desconto para encomendas em grupo

Formado em Economia e Marketing, já tinha experiência em comércio de longo curso e olho para o negócio, por isso, a emigração acabou por lhe sorrir. "O crescente número de novos emigrantes" como ele e os vários "estudantes portugueses espalhados pelo mundo" tornaram-se num público saudoso e atractivo.

Assim, há pouco mais de um mês que é possível aceder à página "Portugal ao Domicílio" e encomendar desde cervejas a sumos ou enchidos e até livros e brinquedos — tudo com garantia nacional. E são poucos os passos que é necessário dar até se receber os produtos em casa: basta fazer o registo, seleccionar os produtos, efectuar o pagamento (através de Paypal, transferência bancária ou o envio de cheques) e aguardar.

Os custos do envio variam consoante o país de destino mas podem ser feitos em grupo, "permitindo que a despesa com o transporte das mercadorias se reduza em 50%", sugere. A Europa é, para já, o mercado prioritário do projecto e o balanço de pouco mais de um mês já é "muito positivo". E ainda nem chegou "à fase de promoção do sítio", conta Luís.