São Francisco proíbe nudismo na rua, mas mulheres podem fazer topless

Três excepções: crianças menores de cinco anos, os seios femininos e as paradas gay

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Uma atitude proibida a partir de agora Michael Thurston/AFP

O governo de São Francisco (Estados Unidos) aprovou a proibição do nudismo nos espaços públicos. Três excepções: crianças menores de cinco anos, os seios femininos e as paradas gay.

A nova lei foi votada nesta terça-feira e o resultado expressa o desentendimento sobre a matéria: seis votos a favor, cinco contra. O objectivo, de acordo com os proponentes, foi pôr fim ao costume de alguns habitantes da cidade de passearem nus na célebre rua Castro, um dos emblemas do movimento de libertação gay nos EUA.

Numa tentativa de evitar contestações, o governo municipal inscreveu na lei cláusulas de excepção. O nudismo será permitido nas paradas gay, o topless feminino também é permitido e as crianças menores de cinco anos podem andar nuas na cidade.

No ano passado, o governo municipal já tinha proibido o nudismo em restaurantes e obrigado os naturistas a colocarem uma toalha ou um pano entre o corpo e os lugares onde se sentassem. No estado da Califórnia, o nudismo em espaços públicos é permitido desde que não seja motivada por "actos lascivos" (ou seja, é proibido fazer amor na rua) e desde que a nudez não "ofenda" terceiros.

São Francisco, que sempre foi considerada uma cidade liberal mesmo dentro dos padrões californianos, retrocede agora neste ponto. "O nudismo na Castro tornou-se extremo", disse o supervisor municipal que propôs a lei, Scott Wiener, antes da votação. De acordo com o jornal The New York Times a multa para quem violar a lei equivale a 78 euros; os reincidentes pagam o dobro e a partir daí a coima sobe para mais de 350 euros ou para pena de prisão até um ano.

Um grupo de cidadãos já contestou a lei - e realizou-se uma marcha de protesto junto ao governo municipal. "O que a cidade está a fazer é a impor um código de vestuário pela via criminal", disse à Reuters a advogada do grupo deste grupo de cidadãos, Christina DiEdoardo.

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