“Hobbit”, a palavra do dicionário que não se pode usar

Palestra de professor lançou a polémica em torno da palavra na Nova Zelândia. Palavra está nos dicionários da Oxford e Cambridge

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Gullum é um dos hobbits do universo criado por J. R. R. Tolkien DR

O Professor Brent Alloway, da Universidade de Victoria, na Nova Zelândia, foi proibido de dar a uma palestra o nome de “O Outro ‘Hobbit’”.

 

Não, a palestra não se tratava daqueles seres iguais aos humanos, mas mais baixos e com os pés peludos, criados por J. R. R. Tolkien, autor de “O Senhor dos Anéis”.

 

O foco da palestra incidia no “Homo Floresiensis”, uma espécie de homens primitivos, que tinham cerca de um metro de altura e que, por isso mesmo, foram apelidados de “hobbits”.

 

O objectivo do académico era fazer coincidir o evento com a estreia do filme “O Hobbit”. Porém, quando deu conta dessa intenção aos detentores dos direitos sobre a obra de Tolkien, os representantes legais destes fizeram saber que não seria possível o uso genérico de uma marca registada.

 

Brent Alloway argumenta que o uso da palavra deveria ser livre, uma vez que esta se encontra no dicionário de Oxford. “A palavra é usada frequentemente pela imprensa, sem qualquer tipo de punição associada. A literatura científica também recorre regularmente ao termo, para designar a espécie ‘Homo Floresiensis’”, acrescenta, em declarações ao "The Guardian".

 

A palavra encontra-se nos dicionários de Oxford e de Cambridge e, em ambos, o significado está relacionado com os seres criados pelo autor J. R. R. Tolkien.

 

O professor optou pelo que considerou como a “opção mais fácil” e mudou o nome da conferência para “A descoberta de uma nova espécie de pigmeu – Desvendar a lenda por detrás do Homo Floresiensis”.

 

A produtora The Asylum prepara-se para lançar o filme "A Era dos Hobbits" e adivinha-se nova polémica. 

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