Portal online vai mapear a conservação da Amazónia

Versão final do Ecofunds será lançada a 5 de Novembro. Vai monitorizar as iniciativas de conservação e biodiversidade na Amazónia

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O foco inicial será na região amazónica, mas se a iniciativa provar ser duradoura, poderá estender-se Andre Deak/Flickr

A identificação de oportunidades de investimentos e a promoção de iniciativas de conservação da biodiversidade na Amazónia são os objectivos da plataforma na internet Ecofunds, criada para monitorizar as iniciativas nos nove países amazónicos.

O Ecofunds está a ser desenvolvido desde 2008 e deve ter a sua versão final lançada no dia 5 de Novembro, em Lima, no Peru, durante o congresso da Rede de Fundos Ambientais da América Latina e Caribe (RedLAC). Segundo Camila Monteiro, gerente de comunicação e redes do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que irá administrar a iniciativa, a plataforma será aberta e reunirá dados de projectos dos 24 fundos ambientais de 15 países da América Latina e Caraíbas.

“A ideia surgiu para comparar os investimentos que são feitos, as instituições que investem e encontrar uma forma de levantar os projectos de conservação na região amazónica”, disse à Lusa a representante do Funbio. Para Camila Monteiro, esta é uma ideia pioneira e deve servir de estímulo para “identificar os vazios de investimentos ou até mesmo duplicidade de recursos que podem ser aplicados de uma forma mais eficaz e inteligente”.

Google Maps: uma vitrina de projectos 

O foco inicial será na região amazónica, mas se a iniciativa provar ser duradoura, poderá estender-se a outros biomas do continente. “Queremos coordenar estratégias de investimentos e optimizar a atribuição de recursos aos projectos”, explicou. Outra novidade é que o portal online será georreferenciado, isto é, os utilizadores que terão livre acesso às informações de projectos na Amazónia poderão localizá-los no Google Maps. “Será uma espécie de vitrina de projectos ambientais”, acrescentou a representante do Funbio.

Até agora, foram investidos 700.000 dólares (560.000 euros) e o número de projectos registados já ultrapassa os mil. Uma empresa norte-americana especializada em base de dados foi contratada para reestruturar o cadastro de projectos e ainda uma empresa brasileira de tecnologia da informação está a trabalhar numa nova versão da interface da plataforma.

“Estamos a organizar o banco de dados e a fazer a integração com o Google Maps. A ideia é saber onde os recursos estão a ser aplicados”, explicou Rodrigo Teixeira, diretor comercial da QX3, empresa da área da Internet que está a trabalhar com o Ecofunds. Até Janeiro de 2012, a plataforma online estará em pleno funcionamento e poderá ser acedida por qualquer pessoa que tenha interesse em saber o que está a ser feito na Amazónia.

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