Segundo o Governo brasileiro, o ritmo de desflorestação na Amazónia voltou a diminuir. Este ano, a redução atingiu os 23%.

O Brasil tinha-se comprometido a reduzir em 80% a desflorestação da floresta amazónica até 2020. Em Dezembro de 2011, os números revelados indicavam que, no ano anterior, a área desflorestada tinha caído para os 6,238 quilómetros quadrados.

Recentemente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que gere o programa de análise da desflorestação, divulgou que, em 2012, esta desceu para 23%.

A análise da redução da desflorestação é baseada na observação de imagens satélites, por isso, o valor agora comunicado é apenas uma estimativa, já que nuvens podem encobrir algumas áreas no momento em que os cálculos são feitos. Os dados definitivos só serão conhecidos no final do ano é, mas, para já, os ambientalistas mostram optimismo.

A comprovar os dados recentemente divulgados, e segundo o site Nature, esta queda poderia levar a atingir o quarto recorde consecutivo na redução do ritmo de desflorestação numa temporada (desde Agosto de 2011 até Julho de 2012).

A diminuição da desflorestação da Amazónia deve-se a várias medidas de anti-desflorestação implementadas pelo Governo brasileiro, a incentivos financeiros internacionais, como o da Noruega, que doou 1 mil milhões de dólares ao Fundo Amazónia para estimular a criação de emprego nas áreas desflorestadas e ao desbloqueio de 48 milhões de dólares do mesmo fundo, anunciado pelo Ministro da Ciência e da Tecnologia para as próximas semanas, para recompensar os proprietários de terras na Amazónia que mantenham o seu território florestal intacto.

No entanto, ainda existem razões para continuar a cuidar permanentemente daquele que é considerado o pulmão do mundo. A mancha verde da Amazónia, vista por satélite, reduziu substancialmente nas últimas décadas. Além disso, nos últimos meses, interesses agrícolas e rurais têm tentado provocar alterações na lei da desflorestação, levantado questões controversas no Brasil.