Arte via cubo mágico

Depois de Martin Luther King, o designer Pete Fecteau está a planear a construção de um Albert Einstein tamanho XL. Precisa de 30 mil dólares até ao dia 30 de Junho

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Pete Fecteau DR

"Uma imagem vale mais que mil palavras" é uma expressão que todos já ouvimos. Em marketing e comunicação, é uma frase levada bem a sério, pelo poder que tem. O veículo pode ser um cartaz, um "outdoor", um "mupi", um folheto díptico, mas a imagem tem um poder de comunicação brutal.

Em papel 'couché mate' ou 'gloss'?

E, que tal, em cubos mágicos?

Como? O cubo Rubik serve de papel de parede?

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Depois de Martin Luther King, Pete está a planear um Albert Einstein XL Tori Jo/ Flickr

Bem, um cubo sozinho não tem grande impacto, mas se tiverem aí à mão umas centenas ou milhares, o impacto pode ser grande.

Entra em cena Pete Fecteau, designer e sonhador. O sonho tem título, "Dream Big" (ou "Sonha em Grande"), e leva mais de 40 horas a materializar-se (em pequenas fatias diárias).

São precisos 4242 cubos mágicos para fazer um rectângulo de cerca de 5,80 por 2,60 metros, correspondente aos 38178 pequenos autocolantes dos cubos, que hão de vir a pesar perto de meia tonelada (454Kg, para ser exacto).

O desenho está na cabeça de Pete, mas é utilizado um programa de computador para desenhar o enorme mosaico e definir cada peça de 9x9 pequenos quadrados que a face de cada cubo irá ter visível. Depois, Pete tem de pegar em cada cubo e formar uma face de acordo com o desejado.

Com a colaboração de várias entidades, Pete conseguiu os meios financeiros (cerca de 9 mil dólares) para alugar os cubos e para os demais gastos que teve. Precisou da ajuda de 16 amigos/voluntários para transportar a obra de arte. Mas compensou... mais de 30000 pessoas puderam observar o "Dream Big", em exposição no Outono de 2010, quando decorreu uma competição de arte a nível nacional (nos EUA), o ArtPrize, onde o quadro ficou entre os melhores 50, de um total de 1700 participantes.

Interessante é também saber que Pete embarcou nesta ideia, neste sonho, porque achou que era uma "ideia maluca, mas daquelas que não se podem ignorar". Houve alturas em que pensou em desistir, mas aparecia sempre alguém a perguntar-lhe como estava a crescer a original "tapeçaria" e, claro, "a motivação voltava imediatamente.”

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