Novo balanço indica 34 casos em investigação e 163 negativos

Actualmente existem 12 doentes infectados.

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Paulo Pimenta

Trinta e quatro casos de sarampo estão em investigação e 163 revelaram-se negativos, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado esta terça-feira, adiantando que há actualmente 12 infectados com a doença, todos adultos.

De acordo com o Boletim Epidemiológico, elaborado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), dos 70 casos confirmados, dos quais 58 já estão curados, 40 (57%) eram mulheres e 61 (87%) eram profissionais de saúde.

Todos os infectados eram adultos: 57 tinham idades entre os 20 e os 34 anos, dez entre os 35 e os 44 anos e três entre os 45 e os 54 anos. Os dados do boletim "Sarampo em Portugal" referem ainda que dez doentes (14%) não estavam vacinados e seis (9%) tinham o esquema vacinal incompleto.

Num comunicado divulgado esta manhã de terça-feira, a DGS adiantava que, às 19h de segunda-feira, não se encontravam doentes internados com sarampo. A maioria dos 70 casos de sarampo no actual surto tem ligação ao Hospital de Santo António, no Porto, adianta a DGS.

A Direcção-geral da Saúde recorda que o vírus do sarampo é transmitido por contacto directo com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes e até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois de a pessoa ser infectada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea (progride da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores), tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

Existe vacina contra o sarampo no Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e cinco anos. Os profissionais de saúde devem ter as duas doses da vacina independentemente da sua idade.

Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença. As pessoas com o esquema vacinal completo podem contrair a doença, mas de forma leve e não são veículo de transmissão, segundo as autoridades de saúde.

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