PCP solidário com paralisação de profissionais "mal considerados"

Neste primeiro dia de paralisação, a adesão à greve de enfermeiros é de 60% a 80%, existindo serviços totalmente paralisados, diz o SEP.

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António Cotrim

 O secretário-geral do PCP mostrou-se nesta quinta-feira solidário e compreensivo para com a greve de dois dias de enfermeiros, considerando tratar-se de uma classe de profissionais de saúde "muitas vezes mal considerados" pelo poder político.

"Queria manifestar mais uma vez a nossa solidariedade e compreensão pela justa reivindicação do sector dos enfermeiros que têm sido, muitas vezes, mal considerados neste quadro de avanços, reposição de rendimentos e direitos", disse Jerónimo de Sousa.

O líder comunista respondia a questões de jornalistas à porta do Teatro de São Carlos, em Lisboa, após reunião com trabalhadores do Organismo de Produção Artística (Opart), nomeadamente bailarinos, músicos ou coralistas e cantores.

O secretário-geral do PCP lamentou a "carência" de profissionais de saúde em geral e a necessidade de reforço do investimento nos serviços públicos nesta e outras áreas.

"Porque a luta é justa e os objectivos também e porque, estando a lutar pelo seu estatuto, dignidade e condições de trabalho, [os enfermeiros] também estão a defender o próprio Serviço Nacional de Saúde", justificou Jerónimo de Sousa.

Neste primeiro dia de paralisação, a adesão à greve situa-se nos 60 a 80%, existindo serviços totalmente paralisados devido a este protesto que não será único, caso o Governo não responda às reivindicações, segundo fonte sindical.

José Carlos Martins, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a paragem de dois dias, disse aos jornalistas que as consultas, alguns blocos operatórios e outros serviços programados estão a ser os mais afectados pela paralisação.

 

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